Inflação

IGP-M cai a 0,99% na 2ª prévia de dezembro, diz FGV

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, que apura o índice inflacionário, todas as aberturas do IGP-M registraram desaceleração no período

Foto; CanvaPro
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Conforme dados informados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta terça-feira (17), a segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços) de dezembro arrefeceu a 0,99%, após registrar alta de 1,11% em igual leitura de novembro.

Segundo a Fundação, todas as aberturas do IGP-M registraram desaceleração no período. O IPPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) saiu de 1,46% para 1,32%.

Enquanto isso, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve uma queda de 0,10% para 0,0% e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou baixa de 0,49% para 0,46%, segundo a FGV.

IGP-M deve encerrar 2024 acima de 6%, diz FGV

inflação apurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) deve encerrar o ano com alta acima de 6%, conforme previsão de Matheus Dias, economista do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). 

A primeira prévia do IGP-M acelerou de 0,94% para 0,99% de outubro para novembro. Considerando a primeira prévia de novembro, esta foi a maior taxa desde abril de 2022.

No acumulado de 12 meses foi de 6,01% até a primeira prévia do IGP-M de novembro. Em 2023, o IGP-M acumulou queda de 3,18% na taxa anual.

No momento, há dois pontos principais que têm afetado o indicador, indicou Dias. O primeiro é a valorização do dólar frente ao real e o segundo é o impacto dos problemas climáticos que causam prejuízos à oferta de itens agrícolas.

Isso mexe, consequentemente, com a condução das acelerações de preços, tanto no atacado quanto no varejo.

A aceleração dos preços ocorreu tanto no varejo quanto no atacado, observou o técnico sobre a primeira prévia do IGP-M. 

Enquanto isso, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que representa o setor atacadista e tem peso de 60% no total do IGP-M, avançou para 1,25% na prévia de novembro. Ao passo que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que representa 30% do IGP-M, passou de 0,19% para 0,22%.

“O IPC ele tem uma aderência muito forte com o IPCA e ambos devem estourar o teto da meta inflacionária esse ano”, acrescentou Dias.

O IPC-M acumula alta de 4,21% até a primeira prévia do IGP-M de novembro. Até outubro, o IPCA acumula alta de 4,76% em 12 meses até outubro, acima do teto de tolerância da meta inflacionária de 3%.

No entendimento do especialista da FGV/Ibre, esses fatores de impacto não vão sumir até o final do ano, com o dólar em tendência de alta no período. 

“Isso é um ponto bastante importante: o dólar afeta bastante os preços internos”, lembrou. “A cadeia produtiva como um todo é muito afetada pelo câmbio”, destacou Dias.