O texto-base da PEC 45/24 (Proposta de Emenda à Constituição), que integra as medidas de cortes de gastos do pacote fiscal enviado pelo governo federal ao Congresso, foi aprovada pela Câmara dos Deputados na tarde desta quinta-feira (19).
A equipe econômica considera o projeto prioritário, devido à demanda e pressão do mercado financeiro pela efetivação do pacote fiscal. Sendo assim, há poucos dias do recesso parlamentar, a PEC foi aprovada em dois turnos pelo plenário da Casa, em sessão conduzida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No primeiro turno, a PEC foi aprovada com 344 votos favoráveis, 154 contrários e 2 abstenções. Agora, o texto seguirá para votação no segundo turno da Casa.
Quando for aprovada na Câmara, a PEC do pacote fiscal seguirá para o Senado Federal, onde também precisará ser votada em dois turnos, segundo o “InfoMoney”. Espera-se que essa votação aconteça até sexta-feira (20) – último dia antes do recesso parlamentar.
A aprovação integral do texto só ocorre se houver apoio de pelo menos ⅗ dos deputados (308) e dos senadores (49), em dois turnos de votação nas duas Casas (Câmara e Senado).
Apesar da urgência da tramitação, se houver alguma modificação no texto, a PEC volta, obrigatoriamente, para a Casa em que começou a tramitar, visto que a mudança feita em uma das Casas do Congresso exige nova apreciação por outra.
No entanto, as expectativas são de que os senadores não façam mudanças no texto aprovado pelos deputados.
Pacote fiscal: Câmara faz acordo para tirar dedução do BPC
A Câmara dos Deputados realizou um acordo para excluir da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do pacote fiscal a proibição de dedução de rendas que não estiverem previstas em lei para calcular quem tem direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada). No entanto, aprovou a mesma regra no projeto de lei ordinária que será votado para tratar das regras do auxílio.
O texto-base da PEC do pacote fiscal foi aprovado em primeiro turno e segue em debate pelo plenário.
O acordo foi sugerido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e aceito pela oposição e pelo governo. O compromisso, segundo o Valor, é aprovar a proibição no projeto de lei que será votado em seguida. A vedação estava nas duas propostas pelo entendimento de que teria mais força para ser aplicada pelo Judiciário se a regra estivesse na Constituição.
Atualmente, o BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Só têm direito as famílias com renda per capita de até 25% do salário mínimo.