O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso Nacional, concluído nesta sexta-feira (20), é prova de que há articulação política no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se não tivéssemos articulação, não teríamos aprovado”, afirmou Haddad durante o café da manhã com jornalistas. As informações foram obtidas pelo “InfoMoney”.
O chefe da equipe econômica reforçou que tem boa relação com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e que os líderes do governo no Congresso “vivem” na Fazenda.
Quando questionado sobre o papel do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), Haddad afirmou não saber se ele participou “tanto” da articulação política. “Mas o SRI participou muito, os líderes não saem daqui, toda segunda estão aqui para discutir a agenda comigo, e com Lula sempre temos reunião de pauta também na segunda”, disse.
O ministro também afirmou que tem o hábito de conversar com líderes no Congresso, inclusive de outros partidos e da oposição, mencionando a senadora Tereza Cristina (PP) como uma parlamentar que debate muitos assuntos relacionados ao agronegócio com a Fazenda.
Haddad queria que Congresso discutisse Orçamento em 2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que gostaria que o Congresso iniciasse as discussões sobre o Orçamento de 2025 ainda neste ano, em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (20).
“Mas não sei, não posso exigir mais que a capacidade de entrega do Congresso. O Congresso trabalhou dia e noite para poder fechar (o pacote), condição sem a qual a votação do orçamento era impossível, como vai votar sem saber o impacto do pacote sobre as rubricas”, disse Haddad.
A apreciação do relatório da LOA (Lei Orçamentária Anual) ficou para o ano que vem, segundo o relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA). “Apreciar a peça mais importante do Parlamento merece cuidado e tempo”, justificou ele, em nota publicada nesta quinta-feira (19).