Adiamento

Haddad adia campanha do governo para ampliar faixa de isenção do IR

Ministro classificou a campanha publicitária como precipitada e sugeriu seu adiamento

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O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planejava lançar uma campanha publicitária para promover o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, uma promessa de campanha do presidente. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou a iniciativa prematura e sugeriu seu adiamento para 2025, argumentando que a medida ainda não estava pronta para ser implementada, como apurou a Folha de SP. 

O chefe da pasta, destacou que, embora o aumento da faixa de isenção seja um compromisso do governo, é necessário garantir que a reforma tributária seja fiscalmente neutra, ou seja, que não resulte em perda de arrecadação para o Estado. Para isso, propõe-se compensar a ampliação da isenção com o aumento da taxação sobre rendas mais altas, especialmente para aqueles que ganham acima de R$ 50.000 mensais. 

A decisão de adiar a campanha publicitária visa permitir que o governo finalize os detalhes da reforma tributária e assegure sua aprovação no Congresso Nacional. A expectativa é que, uma vez aprovada em 2025, a nova faixa de isenção entre em vigor em janeiro de 2026, beneficiando trabalhadores com rendimentos mensais de até R$ 5.000. 

Atualmente, estão isentos do Imposto de Renda apenas os trabalhadores que recebem até R$ 2.824 por mês. A ampliação da faixa de isenção para R$ 5.000 representaria um alívio significativo para a classe média brasileira, reduzindo a carga tributária sobre uma parcela considerável da população. 

O governo reafirma seu compromisso com a justiça tributária e a responsabilidade fiscal, buscando equilibrar a necessidade de aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de menor renda com a manutenção da arrecadação necessária para sustentar os serviços públicos e investimentos essenciais ao país. 

Segundo relatos, ministro tinha dúvidas sobre a aparição em rede nacional. Dois dias depois, o governo decidiu lançar uma ofensiva de comunicação para o fim de ano. Mas a iniciativa foi adiada.