O presidente eleito Donald Trump fez uma ameaça de retomar o controle dos EUA sobre o Canal do Panamá, acusando o país de impor taxas excessivas para o uso do estreito, que conecta os oceanos Pacífico e Atlântico.
Em uma publicação em sua rede Truth Social, na noite de sábado, Trump alertou que não permitirá que o canal seja entregue para “as mãos erradas” e insinuou uma possível influência da China na região, afirmando que a administração do canal não deveria estar sob controle chinês.
Embora a China não tenha controle nem administração do canal, uma subsidiária do conglomerado CK Hutchinson Holdings, com sede em Hong Kong, é responsável pela gestão de dois portos nas entradas do canal, localizados no Caribe e no Pacífico.
Mudança na diplomacia americana sob Trump
Historicamente, Trump não tem evitado usar uma retórica combativa e ameaças, desafiando a tradição diplomática de suavizar tensões por meio de negociações mais cuidadosas.
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O estilo reflete sua postura mais assertiva e sua tendência a priorizar os interesses dos EUA de maneira impositiva.
“As taxas cobradas pelo Panamá são ridículas, especialmente sabendo da extraordinária generosidade que foi concedida ao Panamá pelos EUA”, escreveu Trump em sua postagem no Truth Social.
“O canal não foi dado para o benefício de outros, mas meramente como um sinal de cooperação conosco e com o Panamá. Se os princípios, tanto morais quanto legais, desse gesto magnânimo de doação não forem seguidos, exigiremos que o Canal do Panamá nos seja devolvido, na íntegra e sem questionamentos”, escreveu ele.
