Queda pelo 2º mês consecutivo

Produção industrial recua -0,6% em novembro, diz IBGE

Na comparação sem ajuste sazonal com novembro de 2023, a indústria avançou 1,7%, marcando o sexto resultado positivo seguido

Foto: Canva
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Em novembro de 2024, a produção industrial brasileira registrou uma retração de 0,6% em relação a outubro, considerando os dados ajustados sazonalmente, segundo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (8).

Esse foi o segundo mês consecutivo de queda, resultando em uma perda acumulada de 0,8% no período.

Na comparação sem ajuste sazonal com novembro de 2023, a indústria avançou 1,7%, marcando o sexto resultado positivo seguido. No acumulado do ano até novembro, o setor cresceu 3,2%.

O indicador anualizado, que mede o desempenho dos últimos 12 meses, apresentou expansão de 3,0% em novembro, acelerando em relação aos meses anteriores. No entanto, as quedas foram disseminadas: quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 setores industriais pesquisados tiveram retração.

Fabricação de veículos pesam índice

Entre as atividades com maior peso negativo, destacaram-se a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%) e o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%). 

O segmento automotivo interrompeu dois meses de crescimento, quando acumulou alta de 12,7%, enquanto o setor de derivados do petróleo registrou queda de 6,9% em dois meses seguidos. 

Outras perdas significativas vieram de produtos alimentícios (-1,2%), vestuário e acessórios (-8,5%), produtos químicos (-2,1%), papel e celulose (-3,9%) e medicamentos (-5,4%).

Por outro lado, seis ramos industriais apontaram crescimento, com destaque para máquinas e equipamentos, que avançaram 2,3% e acumularam ganho de 5,8% em dois meses de alta.

Em relação às grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis lideraram as perdas em novembro, com recuo de 2,8%, intensificando a retração de 1,1% registrada no mês anterior. 

Bens de consumo duráveis (-2,1%), bens de capital (-1,7%) e bens intermediários (-0,7%) também registraram resultados negativos. 

A categoria de bens de consumo duráveis devolveu parte do ganho de 5,1% obtido em outubro, enquanto o segmento de bens de capital voltou a cair após dois meses positivos, e os bens intermediários encerraram uma sequência de três altas consecutivas.