Exterior se divide

Ibovespa fecha em queda com aversão global ao risco; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (8) com baixa de 1,27%, aos 119.624,51 pontos; o dólar subiu, a R$ 6,10

Ibovespa cai
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (8) com baixa de 1,27%, aos 119.624,51 pontos. O dólar comercial subiu 0,09%, a R$ 6,10.

A aversão ao risco que tomou conta dos mercados globais não deixou o Ibovespa escapar. A agenda econômica mais esvaziada internamente lançou a atenção dos investidores ao exterior, mais precisamente para novas declarações do presidente eleito nos EUA, Donald Trump.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,49%, a US$ 109,07.

Trump considera declarar emergência econômica nacional para justificar legalmente a imposição de uma série de tarifas comerciais universais tanto para aliados quanto para adversários, revelou uma apuração da “CNN”.

Caso se concretize, a medida vai permitir a criação de um novo programa de tarifas comerciais por meio da Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional.

Diante desse cenário, o receio com a também com a dívida norte-americana reacendeu e fez as taxas de DI de curto prazo fecharam a sessão em baixa, enquanto as longas seguiram com ganhos.

Na avaliação de Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, não houve nenhum driver específico que contribuísse para a queda do Ibovespa neste pregão.

“As ações que já vêm em queda, em função do aumento na taxa de juros, continuam sua trajetória de desvalorização, algumas vezes em maior intensidade, outras em menor, já que nenhum ativo cai em linha reta”, acrescentou.

O especialista ressaltou que entre as 25 companhias de maior relevância no Ibovespa, nenhuma conseguiu ter ganhos, o que levou à forte desvalorização do índice.

Outros destaques no noticiário do mercado financeiro foi o fato do fluxo cambial do Brasil ter acumulado perdas de US$ 18,014 bilhões em 2024, o maior volume desde 2020.

No radar corporativo, a Vale (VALE3) e demais mineradoras e siderúrgicas seguiram em queda, enquanto o mercado aguarda sinais de recuperação na economia chinesa, sua principal compradora.

A GPA (PCAR3)  liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 1,06%. Logo atrás, São Martinho (SMTO3) e Marfrig (MRFG3) registraram altas de 0,93% e 0,89%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Carrefour (CRFB3) liderou as perdas, caindo 12,20%. Em seguida, vieram CSN (CSNA3)  e Magalu (MGLU3), com perdas de 7,18% e 6,52%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Petrobras (PETR4) e bancos tradicionais recuam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,95% e 0,81%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,55%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 1,04%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,90%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 3,94%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com quedas de 1,62% e 0,37%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 1,55% e 1,31%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 6,82%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,93%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 3,68%.

Índices do exterior fecharam opostos

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta quarta-feira (8). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,11%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,49%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,27%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 valorizou 0,6% e Nasdaq recuou 0,06%. Já o Dow Jones avançou 0,25%.