O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quinta-feira (9) beirando a estabilidade, em um dia de liquidez reduzida devido ao fechamento do mercado nos EUA. Investidores analisam as expectativas de estabilização do real e acompanham as reuniões de Lula.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador estava em leve alta de 0,04%, aos 119.676 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,02%, cotado a R$ 6,1101.
Nesta quinta-feira (9), as bolsas dos EUA não abrem em razão do feriado no dia do funeral do ex-presidente Jimmy Carter. Por sua vez, as treasures, que dão pistas sobre os juros, funcionam até às 16h (horário de Brasília). No geral, a sessão deve ser calma.
O Ibovespa vem sendo influenciado por preocupações fiscais no Brasil e incertezas sobre a volta de Donald Trump à presidência dos EUA. Estas questões têm causado flutuações no câmbio, mas o real deve se estabilizar próximo à R$ 6 por dólar até o fim do ano, segundo pesquisa da “Reuters” com analistas.
No Brasil, investidores estão atentos às reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros. Na manhã desta quinta-feira (9), Lula tem encontros marcados com o ministro da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; e com o líder do governo no senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
O pregão deve ser fortemente influenciado pelo feriado nos EUA. “O investidor externo está ausente mesmo e, por conta de ser feriado lá fora, aqui dentro deve ser mais fraco ainda e sem evento que justifique alguma recuperação”, comenta o analista de investimentos do Andbank Fernando Bresciani.
Depois de um ano de perdas – e tendo se desvalorizado 27% ante o dólar em 2024 – o real deve ficar mais forte ao final de 2025, segundo pesquisa da “Reuters”. A desvalorização vem sendo motivada especialmente pela decepção do mercado com as medidas do pacote fiscal, anunciado no fim do ano passado.
No Brasil, investidores seguem atentos à agenda de Lula, que também inclui discussões sobre a presidência brasileira nos Brics, na tarde desta quinta-feira (9); e às vendas no varejo. De acordo com dados do IBGE, as comercializações do setor caíram 0,4% em novembro, após terem crescido 0,4% em outubro. Na média móvel trimestral, houve uma alta de 0,2%.
EUA
Na véspera, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos superaram brevemente a marca de 4,7%, à medida que as expectativas de inflação geraram receios entre os investidores de que o Federal Reserve possa diminuir o ritmo de flexibilização da política monetária neste ano.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,32%
Nasdaq Futuro: -0,46%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o dia em queda, pressionados pela preocupação de que o Fed adie a flexibilização devido aos receios com a inflação.
A contínua desinflação do consumidor na China também contribuiu para piorar o clima entre os investidores.
O índice de preços ao consumidor da China subiu 0,1% em dezembro, comparado ao mesmo mês do ano passado, enquanto o índice de preços ao produtor recuou 2,3% na comparação anual, marcando o 27º mês consecutivo de queda.
Esses números sugerem que os esforços de estímulo do governo chinês não conseguiram impulsionar a demanda interna.
Simultaneamente, Pequim reforçou seu apoio ao yuan enfraquecido, anunciando um plano para emitir uma quantidade recorde de títulos no mercado de Hong Kong, visando aumentar a demanda pela moeda chinesa no exterior.
Shanghai SE (China), -0,58%
Nikkei (Japão): -0,94%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,20%
Kospi (Coreia do Sul): +0,03%
ASX 200 (Austrália): -0,24%
Bolsas europeias
Os mercados europeus operam predominantemente em território negativo, com cautela predominando antes da divulgação de dados econômicos da região.
Os investidores estão atentos aos números sobre o comércio e a produção da Alemanha, bem como às vendas no varejo da zona do euro.
Além disso, uma série de discursos importantes sobre política monetária está em andamento.
Destaca-se o pronunciamento da vice-governadora do Banco da Inglaterra, Sarah Breeden, que abordará as perspectivas de inflação e a política monetária em um evento na Escola de Negócios da Universidade de Edimburgo.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,11%
DAX (Alemanha): -0,20%
CAC 40 (França): -0,32%
FTSE MIB (Itália): -0,51%
STOXX 600: -0,24%