A China se transformou em um grande polo automotivo nos últimos anos, adquirindo dominância, especialmente no desenvolvimento de veículos elétricos, que circulam nas ruas das maiores metrópoles do mundo. Contudo, o país está produzindo mais carros do que sua população pode absorver, o que cria um grande problema para as montadoras.
Segundo dados divulgados pela Associação Chinesa de Carros de Passageiros na quinta-feira (9), as vendas de automóveis cresceram 5,5% em 2024, alcançando 22,9 milhões de veículos. Mesmo com esse crescimento, a demanda está abaixo da metade da capacidade projetada pelas companhias.
Esse descompasso obriga muitas montadoras a reduzir preços e até mesmo a expandir suas vendas internacionais para se manterem competitivas em um mercado cada vez mais acirrado.
No último ano, até 227 modelos de carros tiveram seus preços reduzidos, comparados a 148 modelos no ano anterior, conforme apontou Cui Dongshu, secretário-geral da associação.
Entre as empresas afetadas, até a Tesla (TSLA34), pioneira no segmento de elétricos, passou a oferecer financiamento com juros zero por cinco anos para seus veículos, além de reduzir o preço do Model Y para o equivalente a menos de US$ 33 mil. Segundo o NeoFeed, o modelo chega a custar US$ 45 mil nos EUA.
China inclui smartphones e tablets em programa de subsídios ao consumo
A China expandirá seu programa de subsídios ao consumidor para incluir smartphones, tablets e smartwatches, como parte dos esforços para estimular o consumo reprimido na segunda maior economia do mundo.
A principal agência de planejamento econômico da China anunciou nesta sexta-feira (3) que Pequim ampliará seu programa existente, que atualmente incentiva os consumidores a trocar e atualizar veículos e eletrodomésticos.
Os detalhes do plano expandido serão divulgados em breve, segundo a agência.
As ações de fabricantes de smartphones e empresas de eletrodomésticos chinesas avançaram nas negociações em Hong Kong após o anúncio.