O grupo contrário a ações afirmativas American Alliance for Equal Rights processou o McDonald’s neste domingo (12) por manter um programa de bolsas de estudos para latinos e hispânicos nos EUA, que existe desde 1985. A ação foi aberta no tribunal federal de Nashville. As informações são da “Reuters”
Recentemente, a empresa reverteu ações de incentivo à diversidade, mas continuou com Programa Nacional de Bolsas de Estudo HACER, como é chamada a ação que é alvo do processo. O American Alliance for Equal Rights alega que o fornecimento dessas bolsas discrimina ilegalmente estudantes de outros grupos étnicos.
Segundo o McDonald’s, desde sua criação, o programa já forneceu US$ 33 milhões em bolsas de estudo para hispânicos e latinos. Por meio dele, até 30 alunos recebem até US$ 100 mil dólares anualmente.
O que alega o grupo que entrou com ação contra o McDonald’s
No entendimento do grupo, o programa exerce discriminação ao não permitir a participação de alunos com pelo menos um dos pais de origem hispânica ou latina. Inclusive, um dos prejudicados pela regra é um aluno branco do ensino médio em Arkansas, que faz parte do grupo.
A ação judicial afirma que o programa viola a Seção 1981 da Lei de Direitos Civis de 1866 dos EUA, que proíbe o preconceito racial nas contratações. Com esta justificativa, o grupo também pede a emissão de uma liminar para impedir que o McDonald’s considere a raça e a etnia como critérios para fornecer as bolsas.
“Esperamos que o McDonald’s suspenda imediatamente esse programa de bolsas de estudo para que ele possa ser aberto a todos os alunos do ensino médio com poucos recursos, independentemente de sua herança étnica”, disse o líder do grupo, Edward Blum, em comunicado divulgado pela “Reuters”.
Por sua vez, o McDonald’s afirmou, em nota, que está analisando as reclamações e que também está revisando os programas, como parte das mudanças em suas iniciativas de diversidade, para que se “alinhem com nossa visão de futuro”.