Bolsa brasileira

Itaú (ITUB4) reduz projeção para Ibovespa para 145 mil pontos no fim de 2025

"O Ibovespa está se aproximando da zona de sobrevenda, mas o ambiente continua desafiador para a indústria local", disse Itaú

Ibovespa / Foto: CanvaPro
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O Itaú BBA (ITUB4) revisou sua estimativa para o preço-alvo do Ibovespa no final de 2025, reduzindo de 165 mil pontos para 145 mil pontos. O banco destacou o impacto do cenário atual sobre o mercado acionário e o ambiente macroeconômico. Considerando que o principal índice da bolsa brasileira opera atualmente em 119 mil pontos, o potencial de retorno seria superior a 21%.

Apesar de o Itaú BBA projetar um avanço de dois dígitos no lucro das companhias em 2025, a equipe liderada por Daniel Gewehr acredita que revisões negativas de lucros podem ocorrer, dado o contexto de Selic e inflação mais elevadas.

No relatório, o banco apontou um cenário de crescimento econômico mais baixo e inflação mais alta, enquanto as incertezas no campo fiscal permanecem.

“O Ibovespa está se aproximando da zona de sobrevenda [quando o preço de um ativo é considerado excessivamente abaixo de seu valor real], mas o ambiente continua desafiador para a indústria local de fundos e para o apetite dos investidores estrangeiros”, afirmou o Itaú, segundo informações do Valor.

Itaú (ITUB4): Goldman vê rentabilidade elevada e reforça preferência

A posição do Goldman Sachs referente ao Itaú Unibanco (ITUB4), como ação preferida do setor, foi reforçada em recente relatório. Isto por conta da incerteza macroeconômica, exacerbada pela significativa desvalorização cambial. O banco norte-americano manteve a recomendação de compra, mas rebaixou o preço-alvo de R$ 43 para R$ 38.

O Goldman Sachs destacou que o índice de inadimplência (NPL) de 90 dias da indústria tem alta correlação negativa (-78%) com a taxa Selic defasada em seis meses. Ainda assim, o banco não prevê uma deterioração significativa na qualidade dos ativos dos bancos sob sua cobertura.

A relação negativa entre o NPL e a Selic, na visão da instituição, sugere certa pressão sobre os NPLs até meados de 2025, com previsão de pico no 4T25.