Dizem fontes

TikTok deve derrubar aplicativo nos EUA a partir de domingo (19)

Suprema Corte parece inclinada a manter proibição, apesar de apelos

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O TikTok tem planos de derrubar seu aplicativo nos EUA a partir de domingo (19), disseram, à “Reuters”, fontes próximas ao assunto. Esta é a data em que a proibição federal entra em vigor, caso a Suprema Corte decida não se mover para bloqueá-la.

Uma lei sancionada em abril determinou o prazo de nove meses para a ByteDance, detentora do aplicativo, vender a rede social nos EUA, sob pena de ser proibida no país. Esta proibição ocorreria apenas para novos downloads do TikTok nas lojas da Apple ou do Google, com acesso dos usuários existentes permitido por algum tempo.

Mas, caso o TikTok derrube o aplicativo, os usuários que tentarem acessá-lo vão ver uma mensagem pop-up direcionando-os para um site com informações sobre a proibição. Junto a isso, a empresa vai permitir que os usuários baixem seus dados para que não percam o conteúdo armazenado no aplicativo.

Procurados pela “Reuters”, o TikTok e a ByteDance não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A ByteDance é uma empresa de capital fechado com 60% detido por investidores institucionais, como Blackrock e General Atlantic, e 40% pertencente aos fundadores e funcionários, 20% para cada. A companhia emprega 7 mil pessoas nos EUA, segundo informações da “Reuters”.

Mesmo com pedidos de adiamento, Suprema Corte deve manter lei contra o TikTok

Na semana passada, a Suprema Corte aparentava estar inclinada a manter a lei, mesmo com pedidos do presidente eleito Donald Trump e parlamentares para estender o prazo. Trump, que assume a presidência na segunda-feira (20), afirma que precisaria de tempo para encontrar uma “resolução política” para a questão.

O TikTok e a ByteDance argumentam que a proibição viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, contra a restrição da liberdade de expressão pelo governo. Com isso, eles buscaram pelo menos um adiamento da implementação.

O TikTok prevê que um terço dos 170 milhões de pessoas que usam o aplicativo nos EUA vão deixá-lo se a proibição durar um mês, como apontou a plataforma em dezembro, em processo judicial.