Mesmo com a queda no volume de serviços prestados no Brasil em novembro, em relação a outubro, os serviços prestados às famílias seguem robustos. Por outro lado, em 2025, espera-se que essas atividades desacelerem de forma mais intensa em relação a 2024, ao passo que serviços relacionados às empresas devem aumentar sua contribuição, impulsionados pela melhor safra de grãos prevista para o ano. A avaliação é de Helcio Takeda, economista da Pezco.
O volume de serviços prestados no país caiu 0,9% em novembro, em comparação com outubro, como apontaram os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgados esta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em outubro, houve alta de 1,4%, após revisão dos dados inicialmente divulgados como crescimento de 1,1%.
Com uma projeção mais pessimista para novembro, de contração de 1,6% em relação a outubro, Takeda avalia que a PMS surpreendeu positivamente. Com o resultado de novembro, o analista calcula que o carregamento estatístico para o quarto trimestre é de alta de 1,3% em relação ao terceiro trimestre, considerando o ajuste sazonal.
Para Takeda, em novembro, os serviços prestados às famílias “saltaram aos olhos”, com crescimento de 1,7% na variação mensal com ajuste sazonal, após “andarem de lado” nos dois meses anteriores, registrando avanço de somente 0,1% em setembro e variação zero em outubro. As informações foram coletadas pelo Valor.
EUA: PMI de serviços sobe para maior nível em 33 meses em dezembro
O PMI (índice de gerente de compras) de serviços dos EUA subiu a 56,8 pontos em dezembro contra os 56,1 pontos em novembro, firmando o maior nível em 33 meses, de acordo com o S&P Global. Este foi o 23º mês consecutivo em que o indicador seguiu acima do patamar de 50 pontos, o que representa expansão da atividade econômica.
Considerando que os resultados do setor de serviços e do setor industrial já foram apurados, o PMI composto dos EUA passou de 54,9 para 55,4 pontos no mês passado. Com o apoio da aceleração de novos pedidos e crescimento do emprego, esse também se firmou como o maior nível desde abril de 2022.
A disposição maior dos consumidores em gastar, após o resultado da eleição presidencial em novembro, foi o que impulsionou o último resultado do setor de serviços, de acordo com a S&P Global.