O Prisma fiscal de janeiro revelou que o mercado diminuiu em quase R$3 bilhões a sua estimativa para o déficit primário do governo federal de 2025. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Ministério da Fazenda e baseado em estimativas de instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos.
A estimativa, sempre mediana para o déficit primário de 2025 passou de R$ 87,265 bilhões para R$84,285 bilhões na comparação mensal. A meta de resultado primário é de déficit zero para este ano, com intervalo de tolerância de 0,25pp do PIB (Produto Interno Bruto) para cima e para baixo.
Já na estimativa de instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos para o déficit primário do ano que vem, divulgada pela primeira vez, variou de R$78,778 bilhões para R$79,308 bilhões.
No caso da dívida bruta do governo geral (DBGG), principal indicador do estoque de endividamento público, a projeção do mercado passou de 82% para 81,2% no fim deste ano. O número é medido em relação ao PIB. Para 2026, a estimativa variou de 85,53% para 84,7%.
Setor público tem déficit primário de R$ 6,6 bilhões
O setor público do Brasil teve um déficit primário de R$ 6,6 bilhões em novembro deste ano, informou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (30). Enquanto isso, a dívida pública bruta do país em relação ao PIB foi de 77,7%, o que representa uma queda se comparado a outubro, quando era de 77,8%.
O déficit é menor que o esperado por economistas consultados pela “Reuters”, que previam saldo negativo de R$ 7 bilhões.
Haddad: Brasil deve ter fechado 2024 com déficit de 0,1%
O resultado primário nas contas públicas devem ter fechado o período fiscal de 2024 com déficit de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), são as estimativas do governo federal, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (7). Esse resultado seria melhor do que as projeções do mercado.
“Um ano atrás, a previsão do mercado para o déficit público do ano passado era de 0,8% do PIB. Foi antes do episódio trágico no Rio Grande do Sul [enchentes no estado]. Vamos terminar o ano com 0,1% de déficit”, garantiu Haddad durante entrevista no programa Estúdio i, da GloboNews.
“[A projeção] Veio caindo de 0,8% para 0,7%, depois 0,6%, mas ninguém estava apostando muita coisa abaixo de 0,5%. Vamos terminar com 0,1%. A segunda casa depois da vírgula pode variar”, completou o ministro da Fazenda.