O ritmo de crescimento da riqueza dos bilionários foi três vezes mais acelerado em 2024 do que no ano anterior. Ao todo, cerca de 2.769 pessoas que integram esse grupo ganharam fortunas de US$ 2 trilhões no período, segundo dados apresentados nesta segunda-feira (20) pela Oxfam.
O relatório atualizou a perspectiva do mundo ter o primeiro trilionário. A estimativa anterior, é que esse marco só seria alcançado por uma única pessoa até o final da década.
No entanto, o ritmo acelerado de crescimento das fortunas, fez a Oxfam rever a estimativa, que agora projeta que pelo menos cinco trilionários surgirão nos próximos cinco anos.
Cerca de 204 novas pessoas se tornaram bilionárias em 2024, o que representa uma média de quase quatro por semana. Enquanto isso, a desigualdade global se aprofundou.
Nessa linha, o documento da organização apontou que, apesar da proporção da humanidade que vive na pobreza ter diminuído, a quantidade de pessoas que vivem na linha da pobreza extrema segue no mesmo patamar que em 1990.
Citando dados do Banco Mundial, a Oxfam destacou que cerca de 3,6 bilhões de pessoas estão nesse grupo na linha oposta das fortunas bilionárias
Câmara rejeita taxação de fortunas acima de R$ 10 milhões
A Câmara dos Deputados rejeitou, na última quarta-feira (30), a cobrança de imposto sobre grande fortunas de valor superior a R$ 10 milhões. Foram por 262 votos contra ante 236 a favor.
Um destaques sobre a taxação foi apresentado na análise do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, concluída durante a tarde. O projeto trata do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Os parlamentares analisaram destaques (alterações) à proposta que ainda estavam pendentes. O texto-base (conteúdo) do projeto já havia sido aprovado em agosto deste ano. Com a rejeição, o texto inicialmente aprovado, sem a cobrança, fica valendo e segue para o Senado.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP), relator do projeto, defendeu a proposta no plenário, alegando que vários países já têm a taxação. Segundo ele, a cobrança poderia aumentar em até R$ 70 bilhões a arrecadação.
Outro ponto votado nesta quarta-feira, após uma série de negociações, foi a retirada do texto da cobrança de Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre herança de previdência privada, medida que havia sido descartada pelo governo anteriormente e havia sido incluída pelo grupo de trabalho que analisou a proposta.