O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reiterou sua visão de que o governo poderá fazer novos ajustes para cumprir o arcabouço fiscal, se for necessário. Além disso, em declaração a jornalistas nesta segunda-feira (20), ele também afirmou que o atual patamar do dólar não reflete a economia brasileira e que deverá baixar.
Para o chefe da Casa Civil, a responsabilidade fiscal não é de “ministro A ou ministro B”, mas de Lula e do governo. Ele declarou que, no momento, não há estudos em andamento sobre o tema.
“O compromisso fiscal não é do ministro A ou B. É do presidente e do governo. No ano passado, bloqueamos R$ 20 bi em investimentos. Muitos artigos colocavam em dúvida se o governo iria ser determinado e fazer cortes para garantir. Não estou falando de previsão, mas fatos”, disse Rui Costa.
As declarações de Rui Costa ocorreram logo após a primeira reunião ministerial convocada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em 2025.
“O que for necessário fazer, em qualquer momento, para se garantir o equilíbrio das contas públicas e o arcabouço fiscal será feito. Não terá anúncio antecipado ou estudo em andamento. Mas tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio será feito, a qualquer tempo”, declarou o ministro.
Rui Costa também destacou que o que a realidade “vai mostrando é que o dólar vai caindo”, mas não na velocidade com que subiu.
“Acredito que com o passar dos dias e com a posse do novo presidente dos EUA e os números robustos da economia brasileira vão fazendo o dólar voltar ao patamar com reflexo na vida real da economia, porque o patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia”, declarou.
Rui Costa diz que Haddad ‘ficou mais forte’ após crise do Pix
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou que o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a derrota do governo sobre a nova fiscalização da Receita Federal com o Pix. Segundo o ministro, aconteceu o contrário, Haddad “ficou mais forte”.
“Ao contrário […] Haddad saiu mais forte”, disse Rui Costa após ter sido questionado se Haddad saiu mais fraco do episódio.
“A partir dessa reunião, a minha sensação, que estou há dois anos no governo e participei de várias reuniões, é que, de todas as reuniões que eu participei, essa foi a que eu mais gostei, a que eu mais senti uma percepção de unidade, de galvanização do conjunto dos ministros”, prosseguiu o ministro em conversa com jornalista nesta segunda-feira (20).
Rui Costa esteve presente na primeira reunião ministerial de 2025, promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro durou 7 horas e ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República.
“Haddad não pode ter saído enfraquecido porque não houve nenhuma medida concreta ou verdadeira”, comentou. “O que se montou foi uma notícia facciosa, mentirosa para tentar aterrorizar a população”, acrescentou o ministro, segundo o “InfoMoney”.