A Gerdau (GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciaram o encerramento de antigos e aprovações de novos programas de recompra de ações, conforme comunicados divulgados ao mercado na segunda-feira (20).
A aprovação de um programa de recompra pode ter várias motivações, como a crença da empresa de que as ações estão baratas, a distribuição de ações aos executivos com bônus sem a emissão de novos papéis ou geração de valor ao acionista.
No caso da Gerdau, o programa de recompra para 2025 poderá adquirir até R$63 milhões de ações preferenciais, representando aproximadamente 5% das ações preferenciais (GGBR4), as informações foram apuradas pelo portal MoneyTimes.
Maximização
O objetivo, segundo a companhia, é a maximização da geração de valor a longo prazo para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital e atender os programas de incentivo de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias e a permanência em tesouraria; cancelamento; ou posterior alienação no mercado.
O novo programa tem vigência a partir de 22 de janeiro de 2025, com prazo de 12 meses.
Já a Metalúrgica Gerdau irá adquirir até 6 milhões de ações preferenciais (GOAU4), aproximadamente 1% das ações em circulação, tendo os mesmos objetivos da Gerdau e o mesmo prazo para aquisição.
Gerdau (GGBR4) fecha acordo com Cade sobre suposta formação de cartel
Um acordo entre a Gerdau (GGBR4) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) foi fechado no final do ano passado para pôr fim ao processo que investigava a siderúrgica e suas concorrentes por suposta formação de cartel na fabricação de vergalhões de aço.
Por conta da incerteza com o desfecho, o órgão de defesa aceitou a proposta de R$ 256 milhões pagos à vista pela companhia, segundo apuração da “Folha de S. Paulo”.
No entanto, o acordo não representa uma confissão de culpa. O caso da Gerdau chegou até o STF (Supremo Tribunal Federal) e, na visão dos conselheiros e técnicos do Cade, abriu um precedente considerado grave contra o combate aos cartéis.
Devido aos danos potenciais à política de combate aos cartéis, o órgão de defesa da concorrência teria aceitado até um valor inferior, e sem correção monetária, relataram fontes que acompanharam as negociações, de acordo com o veículo.
O caso começou em 1999, quando o Cade abriu um processo para investigar Gerdau, Belgo-Mineira (hoje conhecida como ArcelorMittal) e Barra Mansa.