Previsões

Goldman Sachs reduz chances de aumento de tarifas à China

Para o banco, as afirmações de Trump sobre políticas tarifárias no discurso de posse foram mais brandas que o esperado

Goldman Sachs diminui chances de tarifas dos EUA
O presidente dos EUA, Donald Trump / Fotos: RS/Fotos Públicas

O discurso de posse de Donald Trump, proferido nesta segunda-feira (20), levou o Goldman Sachs a prever menores chances de alta nas tarifas sobre as importações chinesas, como divulgou o banco em relatório. Isto porque os anúncios de Trump sobre a política tarifária foram mais brandos que o esperado, afirmou o banco.

A instituição já previa que o presidente não iria anunciar nenhuma medida significativa após a posse, mas os comentários de Trump sobre a China foram mais amenos que nos discursos em campanha. Dessa forma o banco reduziu a probabilidade de aumento de tarifas de 90% para 70%.

Mesmo assim, a instituição manteve a alta como cenário-base. Para os analistas, a implementação das tarifas deve ocorrer no segundo semestre, mas pode ser adiada. Outra projeção do banco é a chance de 55% de imposição de tarifas aos automóveis da UE (União Europeia).

Além disso, as chances da imposição de uma tarifa universal neste ano baixou para 25%, nas projeções do banco.

“Se Trump acabar implementando uma tarifa que afete todos os países, acreditamos que é mais provável que ela seja direcionada a importações críticas ou seja mais restritas do que a tarifa universal que ele propôs durante a campanha”, afirmaram analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Ao mesmo tempo, o banco avaliou que a ameaça de taxar em até 25% o México e o Canadá foi mais severa que o esperado, porém manteve a probabilidade de que isso aconteça neste ano em 20%. Os analistas lembram que Trump fez uma promessa parecida em 2019, que nunca foi cumprida.

Goldman Sachs planeja reestruturação e mudança de líderes

Goldman Sachs está se preparando para formar a próxima geração de liderança da empresa, elegendo novos executivos de destaque para administrar suas linhas de negócios em Wall Street, como apurou a “Bloomberg”. O banco registrou um aumento de lucros no balanço do quarto trimestre de 2024.

O banco planeja contratar novas lideranças mundiais para as unidades de ações, renda fixa e unidade bancária, além de promover mudanças nos codiretores da unidade internacional.

Enquanto Erdit Hoxha, Cyril Goddeeris e Dmitri Potishko vão supervisionar a área de ações; Kunal Shah, Anshul Sehgal e Jason Brauth vão gerir a área de renda fixa; e Kim Posnett, Matt McClure e Anthony Gutman vão comandar o setor bancário.

Além disso, Shah e Gutman se tornam codiretores executivos do Goldman Sachs International. Dessa forma, Richard Gnodde dai da gestão dos negócios internacionais e torna-se vice-presidente do Goldman Sachs.

As promoções são resultado de discussões sobre as próximas lideranças do banco que ocorrem há mais de um ano. Os cargos preenchidos não são parte da estrutura atual do banco.