Desde o início de dezembro de 2024, a Agrogalaxy(AGXY3), com dívidas de R$4,1 bilhões está em compasso de espera para a aprovação do seu plano de recuperação judicial. Como parte desse processo, essa terça-feira (21), marca o último dia para que emapresentem alguma objeção ao que foi apresentado pela companhia.
Em paralelo com esse cronograma, que aponta para uma previsão de aprovação do plano em assembleia para meados de abril, a varejista de insumos agrícolas vem cumprindo outra agenda.
Nessa direção, a empresa retomou na semana passada, a operação de descontos de recebíveis por meio do FIDC (fundo de investimentos em direitos creditórios). Anunciou um memorando de entendimentos para a potencial venda de uma carteira de créditos de cerca de R$760 milhões.
Compra de insumos
“Temos bons indicativos com a retomada do FIDC e a parcela da carteira vendida, com recursos para fecharmos negócios a vista” afirmou Eron Martins, CEO (presidente executivo) da AgroGalaxy, em teleconferência com analistas na manhã dessa terça-feira (21).
“Começamos a receber silos no Sul nesta semana, com grão produtores”, prosseguiu o executivo. Com essas movimentações, a empresa encerrou um período de quase quatro anos sem compra de insumos. Desde que foi protocolado a recuperação judicial, a empresa interrompeu negociações.
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A companhia não revelou com qual instituição está negociando a potencial venda de parte de sua carteira de dívidas vencidas e não judicializadas. O destino do montante, no entanto, já está definido.
“O uso desses recursos será basicamente para a compra de produtos e constituição do estoque, com a vantagem de que compras à vista trazem margens mais competitivas”, disse Luiz Conrado Sundfeld, CFO (Diretor Financeiro) da empresa.
Agrogalaxy (AGXY3) adia relatório financeiro para 2025
A varejista de insumo agrícola Agro Galaxy (AGXY3) , uma das maiores do país, adiou seu relatório financeiro do terceiro semestre de 2024 para janeiro de 2025. A empresa alega estar se recuperando de uma crise que levou a um pedido de recuperação judicial protocolado em setembro na 19ª Vara Cível de Goiânia, de acordo com o site infomoney.
O diretor financeiro da companhia e de relação com investidores, Luiz Conrado dos Santos Carvalho Sundfeld, justificou o adiamento com a resolução de que o tempo era necessário para atender os requisitos técnicos de registro e divulgação, “mantendo a qualidade das informações financeiras usualmente divulgadas”, reforçou.
