Em nova avaliação, o banco norte-americano Citi cortou a recomendação de Ambev (ABEV3) de compra para neutra e reduziu o preço-alvo da ação de R$ 14,50 para R$ 11,80. Com isso, o papel fechou entre as maiores quedas do Ibovespa, recuando 2,04%, com ações negociadas a R$ 11,02.
A equipe do banco avaliou que a companhia vem evoluindo operacionalmente nos últimos cinco anos, isto por que está investindo em um portfólio de produtos premium e iniciativas que geram aumento de margens.
Além disso, eles acreditam que os resultados da Ambev no 4º trimestre já vão começar a mostrar um cenário mais desafiador em termos de volumes, que deve perdurar ao longo de 2025 por conta das incertezas no cenário macroeconômico.
“Estimamos que as receitas cresçam 2% em 2025 e o Ebitda se mantenha estável, sem a Ambev mostrar um motor claro e sustentável de crescimento operacional”, escreveu o banco.
Ambev (ABEV3): Santander (SANB11) eleva recomendação e preço-alvo
A área de research do Santander (SANB11) revisou sua recomendação para a Ambev (ABEV3) de neutra para outperform (equivalente à compra), elevando o preço-alvo de R$ 15 para R$ 16, o que representa um potencial de alta de aproximadamente 28%.
Conforme a análise do banco, o otimismo em relação às ações da companhia reflete melhorias no cenário competitivo no mercado brasileiro de cervejas, perspectivas de expansão de margens e sinais de recuperação nos mercados internacionais.
O relatório aponta que a concorrência no setor de cervejas no Brasil está se tornando mais favorável para a Ambev. A Petrópolis, terceira maior concorrente no país, enfrenta dificuldades, incluindo aumento de preços, perda de participação de mercado e demissões de executivos e funcionários operacionais.
Além disso, o Santander acredita que a Ambev será capaz de repassar aumentos de custos unitários projetados em 5% para 2025, o que poderá resultar em expansão de margens. Essa melhora, segundo o Suno, deve ser evidente no primeiro semestre do próximo ano.