A Temu, marketplace chinês, alcançou 39 milhões de usuários ativos mensais em apenas seis meses de operação no Brasil, ultrapassando o Mercado Livre (MELI34). Os dados foram divulgados recentemente pelo Citi (CTGP34).
O levantamento do banco norte-americano apontou que a Temu registrou um crescimento de 600% na base de clientes ativos desde sua chegada ao país, tornando-se a segunda maior plataforma de vendas online do Brasil.
Com esse resultado, a Temu fica atrás apenas da Shopee, que lidera o mercado com mais de 50 milhões de usuários ativos.
Entre novembro e dezembro de 2024, a plataforma registrou um crescimento de 11% na base de usuários, enquanto o Mercado Livre ficou com 37 milhões de usuários ativos.
Além disso, a Temu se destacou no número de downloads, liderando o ranking com 3,9 milhões de novos usuários em seu sexto mês de operação no país, segundo o InfoMoney.
Holding da Temu vê queda da receita em meio a forte concorrência
Após o alerta da PDD Holdings, varejista chinesa proprietária da Temu – plataforma de e-commerce – de que o crescimento da receita diminuirá inevitavelmente, as ações da empresa tiveram a maior queda desde 2022.
O destaque dessa diminuição das receitas são os desafios de sustentar o ritmo de expansão da Temu em meio aos rivais agressivos como a ByteDance.
Chen Lei, cofundador da empresa, reiterou que a trajetória atual da PDD não era sustentável, em um momento em que concorrentes como o TikTok, da ByteDance, e o Alibaba Group, travam uma competição por consumidores que preocupam cada vez mais com a renda familiar.
Na sessão desta segunda-feira (26) as ADRs da PDD na Bolsa de Nova York caíram 28,51%, a pior perda intradiária da ação desde 24 de outubro de 2022.
Para impulsionar sua presença global e compensar as dificuldades da economia chinesa, a empresa investiu muito na Temu, porém os executivos frearam as expectativas sobre o desempenho da unidade no exterior à medida que a concorrência se ampliava.