Relações políticas

Alckmin: diretrizes de Trump não devem afetar aportes no Brasil

Geraldo Alckmin lembrou que o Brasil e os EUA tem uma relação de 200 anos, e eles são os maiores investidores entre os parceiros comerciais

Foto: Alckmin / Agência Brasil
Foto: Alckmin / Agência Brasil

Geraldo Alckmin, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, declarou mais uma vez que, na sua perspectiva, as diretrizes do governo Trump não devem afetar os investimentos no Brasil.

O vice-presidente também defendeu que, considerando os três principais debates que ocorrem no mundo hoje – a segurança alimentar, segurança energética e o combate às mudanças climáticas – o País é o “grande protagonista”.

“Nós somos o maior exportador de alimentos do mundo. Segundo, segurança energética. Nós temos a energia mais limpa do mundo. […] O Brasil é o grande protagonista do combate às mudanças climáticas. E temos a maior floresta tropical do mundo, que é a Floresta Amazônica, cujo desmatamento caiu 50%. Então, o Brasil tem compromisso com o planeta, com o futuro das novas gerações”, afirmou Alckmin a jornalistas nesta segunda-feira (27).

O ministro esteve no lançamento do Complexo de Biorrefinarias Integradas de Biocombustíveis Sustentáveis Avançados, em Alagoas.

Alckmin também comentou sobre se o Brasil estaria pronto para assumir o protagonismo na agenda de energia limpa durante o governo de Trump. Ele lembrou que o País sustenta uma relação de 200 anos com os EUA, sendo os norte-americanos os maiores investidores entre os parceiros comerciais.

“O Brasil não é problema. A balança é até favorável nos Estados Unidos. Eles exportam mais para nós do que nós para eles. O que precisamos ver é ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha em benefício da coletividade”, disse Alckmin.

Alckmin avalia taxa de juros elevada como desafio para a indústria

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (10) que a taxa de juros alta seguirá como um desafio para a indústria nacional em 2025. Durante entrevista no Palácio do Planalto, ele elogiou a estratégia do governo dos EUA para controlar a inflação ao definir a taxa de referência.

“Gosto do modelo do Fed”, declarou Alckmin, conforme publicado pelo Valor. Segundo ele, o órgão tem a “missão” de estabelecer a taxa básica de juros considerando a manutenção dos empregos e o controle da inflação. Ele destacou que fatores como a alta nos preços de alimentos e energia são desconsiderados nesse cálculo, pois estão relacionados a questões climáticas e geopolíticas.

O vice-presidente, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, mencionou que no Brasil o preço do café subiu devido à seca severa e ao calor intenso, que afetaram a produção.

“Não adianta eu aumentar a taxa de juros porque ela não vai aumentar a safra. Isso é clima. Você sacrifica a economia”, concluiu.