Primeira estimativa da Conab

Café: produção deve cair 4,4% em 2025, para 51,8 mi de sacas

As projeções para a safra atual apontam um cenário de maior restrição na oferta global de café

Café
Café / Foto: Freepik

A primeira estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra brasileira de café em 2025 prevê uma produção de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, o que representa uma queda de 4,4% em relação a 2024. Os dados foram divulgados pela companhia nesta terça-feira (28).

A expectativa de piora nos resultados pode ser explicada por uma restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração, afirmou a Conab, em relatório. A produtividade média no país deve ser de 28 sacas por hectare, rendimento 3% menor que o observado em 2024.

Já a área total destinada ao cultivo do grão no Brasil apresentou crescimento de 0,5%, alcançando 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão de hectares em produção e 391,46 mil hectares em formação.

Situação de mercado do café

As projeções para a safra atual apontam um cenário de maior restrição na oferta global de café, com estoques em patamares historicamente baixos e uma demanda crescente no mercado internacional, aponta a Conab.

Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção mundial para 2024/25 está estimada em 174,9 milhões de sacas, um avanço de 4,1% em relação à safra anterior, enquanto o consumo global deve alcançar 168,1 milhões de sacas, gerando um estoque final de 20,9 milhões de sacas, o menor das últimas 25 temporadas.

Esse quadro tem sustentado a alta nos preços internacionais, com o café arábica e o robusta registrando elevações significativas nas bolsas de Nova Iorque e Londres, respectivamente, lembra a companhia.

Em 2024, o Brasil alcançou um recorde histórico na exportação de café, com o envio de 50,5 milhões de sacas de 60 quilos ao mercado internacional, um crescimento de 28,8% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

O desempenho gerou uma receita de US$ 12,3 bilhões, marcando um aumento de 52,6% na comparação com 2023.