Combustíveis

Petróleo e dólar recuam e reduzem defasagem do diesel

Por conta da disparidade com o petróleo internacional, nos últimos dias tem sido especulado a possibilidade da Petrobras aumentar os preços dos combustíveis

Petróleo
Petróleo / Foto: Canva

Com o dólar enfrentando uma desvalorização com frente ao real e os preços internacionais do petróleo também em movimento de queda, a defasagem do preço do diesel da Petrobras (PETR4) em relação ao mercado internacional teve uma nova queda na terça-feira (28) com o valor ficando 16% abaixo do praticado no Golfo do México, contra 17% da véspera e ante 28% na semana passada.

Por outro lado, a defasagem da gasolina subiu para 8%, contra os 7% registrados na segunda-feira (27), segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Petróleo).

Por conta da alta defasagem, nos últimos dias tem sido especulado que a Petrobras poderia aumentar os preços dos combustíveis, já que a empresa não mexe no diesel há 399 dias.

Segundo a Abicom, são 91 dias de janela fechada para importação do combustível. Mas além do petróleo, a queda da defasagem também se deve pela influência do dólar, cuja cotação vem recuando nos últimos dias, voltando ao patamar de 2 meses atrás.

Petróleo fecha em alta após volatilidade com guerra da Ucrânia

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (28), indo contra o sinal próximo do fechamento, após falas de líderes globais sobre a guerra na Ucrânia. Durante a tarde, uma commodity foi pressionada pela suspensão de protestos nos portos de exportação da Líbia. O mercado também manteve a expectativa pela decisão de juros do Fed (Federal Reserve), a ser anunciada na quarta-feira (29).

Na Nymex, o petróleo tipo WTI para março fechou com alta de 0,82%, a US$ 73,77 o barril, ao passo que o tipo Brent para abril, negociado na ICE, subiu 0,40%, a US$ 76 ,49 o barril.

Durante a tarde, segundo a AFP, a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, concordaram em manter “pressão máxima” sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para encerrar a guerra na Ucrânia.

Mais cedo, Putin disse à televisão estatal russa que, se a Ucrânia decidir negociar, há uma maneira legal de fazê-lo, mas que não vê disposição por parte de Kiev para se envolver.

A mercadoria caiu no começo da tarde com os relatos de que os protestos que estavam impedindo o carregamento de navios petroleiros na Líbia foram suspensos por duas semanas, de acordo com o “InfoMoney”.