O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou nesta quinta-feira (30) que a Fazenda espera, neste momento, “colaborar e harmonizar” para auxiliar o trabalho do BC (Banco Central), quando questionado sobre o nível da Selic (taxa básica de juros).
“Estamos tentando colaborar para que esse processo seja o mais eficiente possível”, disse o secretário, fazendo referência ao aperto da política monetária, confirmado ontem pelo Copom. As informações foram obtidas pelo “Valor”.
“Quanto antes conseguirmos dar sinalizações corretas, menor será o ciclo [política monetária restritiva] e menor o custo para a sociedade”, comentou Rogério Ceron.
O secretário descartou, mais uma vez, a possibilidade de a economia brasileira estar em dominância fiscal — situação em que o desequilíbrio fiscal se sobrepõe de tal forma que elementos de política monetária usados pelo Banco Central, como a alta dos juros, perdem efeito para controlar a inflação.
Governo fechou 2024 próximo ao centro da meta fiscal, diz Ceron
As contas do governo central em 2024 ficaram dentro da banda de tolerância da meta fiscal, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, nesta quarta-feira (15). A meta do ano passado era de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto), o que corresponde a cerca de 29 bilhões de reais.
No final de janeiro o Tesouro apresentará oficialmente os dados fiscais do acumulado do ano de 2024.
O dado do ano teve ajuda do chamado empoçamento — verbas que foram disponibilizadas, mas acabaram não desembolsadas por ministérios, de acordo com Ceron. Essa sobra ficou próxima a R$ 20 bilhões no ano, patamar que já era esperado, segundo ele.
O governo federal buscará mirar o centro da meta de déficit zero para 2025, disse secretário, não o limite de tolerância da regra, de 0,25 ponto do PIB.