A BHP, maior mineradora do mundo, está fechando acordos com parceiros no Brasil para a distribuição de potássio proveniente de mina da empresa em implantação no Canadá.
O objetivo é garantir o escoamento do produto da mina canadense, que deve ser a maior do mundo quando atingir sua capacidade máxima, em 2031, produzindo 8,5 milhões de toneladas por ano.
A empresa considera o Brasil um mercado fundamental para qualquer produtor de fertilizantes, afirmou a presidente das operações de potássio da BHP, Karina Gistelinck, ao “Valor”. Isto porque mais de 90% do volume de fertilizantes utilizado no país é importado.
Já que a empresa não pretende atuar como distribuidora de sua produção de potássio, os executivos estão buscando parceiros para o fornecimento do fertilizante e já têm conversado com candidatos para isso há anos, conseguindo fechar alguns acordos, mas ainda com outros em processo, contou Gistelinck ao “Valor”.
A executiva também afirma que ainda não sabe se vão ocorrer fusões e aquisições no Brasil, mas que a empresa está sempre avaliando essas possibilidades. A companhia já possui uma joint venture com a Vale (VALE3) na mineradora Samarco.
Importação de fertilizantes cresce 8,3% e é a maior em cinco anos
A importação brasileira de fertilizantes aumentou 8,3% em 2024, atingindo o maior patamar dos últimos cinco anos, como informou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em boletim logístico desta quarta-feira (29). No total, foram importadas 44,3 milhões de toneladas dos insumos, ante 40,9 milhões em 2023.
O maior receptor dos fertilizantes foi o porto de Paranaguá (PR), onde desembarcaram 11 milhões de toneladas desses insumos no ano passado. Em 2023, foram 10,3 milhões de toneladas.
Por sua vez, os portos do Arco Norte, na região Norte do país, receberam 7,52 milhões de toneladas, ante 5,97 milhões de toneladas no ano anterior.
Enquanto isso, no porto de Santos (SP) foram desembarcadas 8,88 milhões de toneladas, contra 8,56 milhões de toneladas em 2023.