Cautela

Evolução do mercado de trabalho será lenta em 2025; segundo FGV

O IAEmp do Brasil caiu em janeiro para o nível mais baixo em mais de um ano, resultado indica desaceleração no mercado de trabalho

Several white collar workers communicating in office against window with three colleagues walking through near by
Several white collar workers communicating in office against window with three colleagues walking through near by

O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego) do Brasil caiu em janeiro para o nível mais baixo em mais de um ano, no índice monitorado pela FVG (Fundação Getúlio Vargas). O resultado indica desaceleração no mercado de trabalho na largada de 2025 e foi divulgado nesta quarta-feira (05), como apurou o portal Investing.

O indicador foi a 76,1 pontos, caindo 2,2 pontos em relação a dezembro e atingiu o menor nível desde novembro de 2023, quando bateu 75 pontos. Segundo Rodolpho Tobler, economista na FGV, o resultado aprofunda um comportamento que já vinha sendo observado no final de 2024: “A virada do ano não trouxe mudança na trajetória do IAEmp.”, confirma.

Para Tobler, o índice sugere desaceleração para o mercado de trabalho nos próximos meses e aumenta a incerteza do cenário macroeconômico com dólar e juros em alta, elementos que devem aumentar a cautela do empresariado.

Evolução será lenta

Os componentes do IAEmp mostram que em janeiro a queda deveu-se à piora de seis dos sete componentes avaliados pelo indicador. O dado de mais peso foi o indicador de Emprego Local Futuro do Consumidor, que contribui com -0,7 ponto.

Tobler ainda destacou que essa foi a terceira queda consecutiva, e uma disseminação da piora entre setores de consumo e serviço devem indicar uma evolução mais lenta do mercado de trabalho este ano.

IGP- M desacelera em janeiro, mas acumula alta, aponta FGV

IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) cresceu 0,27% em janeiro. O resultado do índice acumula alta de 6,75% nos últimos 12 meses e em janeiro de 2024, o IGP-M marcava uma alta de 0,07% no mês.

De acordo com André Braz, economista do FGV IBRE, a inflação do varejo permaneceu contida pois mesmo com  a alta dos alimentos, a redução no preço da energia compensou os gastos e a percepção do consumidor.

Os preços ao produtor contribuíram para desaceleração do IGP-M em janeiro, com destaque para nova queda dos preços dos alimentos processados e das principais commodities.

Na construção civil, os reajustes de salário sustentaram a aceleração da inflação interanual do setor.