O faturamento real da indústria cresceu 5,6% no acumulado de 2024, em relação a 2023, de acordo com dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgados nesta sexta-feira (7). Esta é a maior alta desde 2010. Já no mês de dezembro, o faturamento caiu 1,3% em relação ao mês anterior, na série sem efeitos sazonais.
A alta anual ocorreu por um fortalecimento da demanda por produtos da indústria em 2024, em razão de um aquecimento do mercado de trabalho, expansão fiscal e aumento de concessões de crédito, justificou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, segundo informações do “Estadão Conteúdo”.
Entre novembro e dezembro, também houve queda em horas trabalhadas, de 1,3%. Porém, na comparação anual, houve alta de 4,5%.
Por sua vez, o emprego na indústria ficou estável no último mês do ano. No acumulado do ano, houve crescimento de 2,2% em relação a 2023. Enquanto isso, a massa salarial caiu 0,5% na comparação mensal e aumentou 3% anualmente.
O rendimento médio do trabalhador da indústria caiu 0,5% em dezembro, ante novembro, e cresceu 0,8% na comparação anual.
Já para a UCI (Utilização da Capacidade Instalada), houve uma queda mensal de 0,8 ponto porcentual, com um indicador de 78,2% em dezembro, na série sem efeitos sazonais. Em comparação com dezembro de 2023, o UCI caiu 1,9 ponto percentual.
FGV: IGP-DI cresce 0,11% em janeiro, com alta de 7,27% em 12 meses
O IGP-DI (Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna) subiu 0,11% em janeiro. O Índice agora acumula alta de 7,27% no acumulado de 12 meses e representa um crescimento ainda maior quando comparado a janeiro de 2023, onde havia caído 0,27% e acumulava queda de 3,61% em 12 meses.
André Braz, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), explicou que a queda nos preços das commodities essenciais como soja e minério de ferro contribuíram para a desaceleração da inflação ao produtor. “No varejo, a inflação se manteve estável refletindo a queda nos preços da energia e os aumentos nos alimentos” afirma.
Em janeiro, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) teve um leve crescimento de 0,03%, porém, com um expressivo recuo em comparação a taxa de 1,08% observada em dezembro. Esse comportamento foi observado graças ao grupo de Bens Finais que teve diminuição em 0,04% em janeiro, com taxa inferior a dezembro, onde subiu 0,79%.