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A autoridade nacional de proteção de dados aplicou medidas preventivas à rede farmacêutica RD Saúde (RADL3), fusão das empresas Droga Raia e Drogasil, além da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) por suspeita violação da LGPDE (Lei Geral de Proteção de Dados).
No processo, as farmácias são investigadas por criação de perfis comportamentais a partir de dados pessoais sensíveis, visando direcionar publicidade para vantagem econômica sobre seus clientes.
Segundo o portal ND Mais, a decisão é desdobramento do processo de fiscalização que essas empresas respondem desde maio de 2023. A medida aplicada visa oferecer uma alternativa a formas de autenticação da identidade do cliente, em alternativa à biometria.
A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) deverá receber informações sobre compartilhamento de dados de usuários e como estes são usados para criar perfis nas farmacêuticas. A autoridade também exige maior facilidade de acesso para clientes da RD sobre armazenamento de seus dados.
Remédios em mercados: Abras e sócio da RD divergem nas redes
A liberação para a venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados, uma das medidas em discussão entre o governo e o varejo para baixar o preço dos alimentos, causou divergência entre setores nas redes.
O executivo da Raia Drogasil e membro da família fundadora da Raia, Eugênio de Zagottis, fez uma postagem no LinkedIn, no sábado (25), criticando a proposta, que partiu da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Em seguida, o presidente da associação, João Galassi, respondeu a publicação em defesa da medida.
As postagens causaram discussões em grupos de WhatsApp com líderes do setor neste fim de semana, segundo informações do “Valor”. As divergências sobre o assunto são antigas, uma vez essa reivindicação de venda de medicamentos em supermercados está parada há anos na Câmara dos Deputados.
Argumentos contra e a favor dos remédios sem prescrição em supermercados
Em sua postagem, Zagottis anexou um vídeo do médico Drauzio Varella falando sobre riscos da venda de medicamentos fora de farmácias para a saúde de população.
“Os supermercados que desejam já podem comercializar medicamentos, inclusive de prescrição, em suas farmácias próprias, que possuem farmacêuticos e atendem à legislação. Porém, várias redes de supermercados vêm fechando suas farmácias porque não conseguem ser competitivas, sobretudo em preços. Portanto, o argumento de que os supermercados contribuiriam para abaixar a inflação é falacioso e ilusório”, disse o executivo, no LinkedIn.