A Rede Globo conseguiu a penhora de bens de Ricardo Rodrigues Nunes, fundador da Ricardo Eletro, em razão de uma dívida que se arrasta desde 2018. A emissora processou o empresário, que atualmente atua como coach após a falência do grupo.
Na última semana, o juiz Carlos Alexandre Aiba Aguemi determinou a penhora de 30% dos rendimentos do empresário provenientes de suas palestras e treinamentos.
Além disso, o magistrado deu um prazo de 15 dias para que Nunes apresente o documento de seu veículo Mercedes-Benz G-63 e informe o paradeiro do carro, sob a ameaça de incorrer em desrespeito à Justiça. A ação já dura quase sete anos, e, apesar da vitória da Globo no processo, a emissora ainda não conseguiu receber o pagamento.
Atualizada, a dívida soma R$ 148,3 milhões, contra R$ 6 milhões no início da disputa. A Globo acusa o empresário de esconder bens para evitar o pagamento. Nunes foi avalista de sete notas promissórias emitidas por sua empresa em 2017, e a Ricardo Eletro passou por recuperação extrajudicial em 2018, seguida por recuperação judicial em 2020.
Dois anos depois, a falência foi decretada, mas revertida. Com a empresa à beira da falência, Nunes deixou o comando, e a companhia foi assumida por outro grupo.
Apesar disso, o empresário continua utilizando o nome “Eletro” em seu perfil no Instagram, onde tem 1,5 milhão de seguidores, e vive da venda de cursos e palestras.
No processo, a Globo chegou a consultar plataformas de streaming e de compras com autorização judicial, em busca de informações sobre cadastros, formas de pagamento e endereços do empresário, tentando localizar seus bens.
“Diversas medidas mirando a localização dos bens em nome do executado já foram realizadas”, diz a Globo no processo.
“Diante desse cenário e considerando o fato de que o executado é um dos maiores empresários do ramo varejistas do Brasil e que ele, juntamente com sua família, mantém elevado padrão de vida, pleiteia a exequente a busca de bens e ativos do executado, de seu cônjuge e de suas filhas, através do sistema Sniper”, diz na ação.
Globo investiga cadastros e bens ocultos de Nunes em plataformas digitais
No processo, Nunes assumiu a responsabilidade pelo pagamento de sete notas promissórias emitidas pela sua empresa à Globo em 2017, atuando como avalista.
A Ricardo Eletro enfrentou dificuldades financeiras, entrando em recuperação extrajudicial em 2018 e, posteriormente, em recuperação judicial em 2020. Em 2022, a falência da empresa foi decretada, mas acabou sendo revertida.
Com a companhia à beira da falência, Nunes deixou o comando, e a empresa passou a ser gerida por outro grupo. No entanto, o empresário ainda mantém o nome “Eletro” em seu perfil do Instagram, onde tem 1,5 milhão de seguidores, e vive da venda de palestras e cursos.
No andamento do processo na 11ª Vara Cível de Santo Amaro, a Globo, com autorização judicial, investigou cadastros de Nunes em grandes plataformas de streaming de música e vídeo, além de sites de compras, para descobrir informações sobre possíveis bens ocultos, como endereços, formas de pagamento e titulares das contas.