Por Fernanda Lacerda, Diretora Jurídica e de Compliance do Pinbank
De acordo com a pesquisa “Febraban de Tecnologia Bancária 2024”, realizada pela Febraban e a Deloitte, sete em cada dez transações bancárias realizadas por brasileiros acontecem pelo celular. Dados como esse estão se tornando cada vez mais comuns nos últimos anos, afinal, o mercado financeiro está na linha de frente de setores que se digitalizam com velocidade – inclusive, na área cambial. E é neste cenário que tecnologias como o e-FX (câmbio eletrônico) estão transformando a forma como as empresas lidam com a digitalização de processos.
Vamos pensar por um minuto: o mercado de câmbio é um celeiro de oportunidades globais, mas traz vários desafios relacionados à sua volatilidade e a questões ligadas ao aumento das incertezas globais, como tensões geopolíticas e mudanças econômicas rápidas. Quando estendemos essa reflexão para o âmbito tecnológico, isso aumenta por conta do crescimento de ameaças cibernéticas complexas.
Resumidamente, a solução e-FX lida com esses tópicos ao proporcionar às lideranças das empresas um dos ativos mais preciosos da atualidade, que é justamente a velocidade.
Antecipação de tendências
Prever movimentos de mercado com precisão, utilizando dados em tempo real e análises avançadas, é indispensável no mercado cambial. O e-FX é estruturado inteiramente com base neste objetivo.
As plataformas agregam informações como taxas de câmbio, indicadores econômicos globais e relatórios de tendências, ajudando os gestores a identificar padrões e tomar decisões mais informadas. Além disso, a solução vem sendo integrada a ferramentas preditivas baseadas em big data, permitindo que as empresas analisem grandes volumes de informações para antecipar volatilidades e ajustar suas estratégias de risco de forma proativa, otimizando tanto a proteção financeira quanto o desempenho operacional.
Essas vantagens são particularmente imprescindíveis para as companhias de pequeno e médio porte, que muitas vezes carecem de uma infraestrutura tecnológica capaz de lidar com os desafios da economia digital. Com interfaces intuitivas e suporte técnico dedicado, além de funcionalidades integradas à cibersegurança, o e-FX facilita essa transição, adequando-se às necessidades dos empreendedores menores.
Cibersegurança sólida
No que tange à proteção contra as investidas de cibercriminosos, as plataformas de e-FX utilizam um conjunto robusto de medidas de segurança para preservar dados e transações. Dentre elas, destacam-se a criptografia de ponta a ponta, que protege as informações durante o tráfego, e a autenticação multifator (MFA), que adiciona uma camada extra de proteção aos acessos sensíveis.
Sistemas de monitoramento contínuo também ajudam a identificar atividades anômalas em tempo real, enquanto firewalls avançados e mecanismos de prevenção contra intrusões (IPS/IDS) protegem os sistemas contra ataques externos. Adicionalmente, muitas dessas tecnologias seguem rigorosos padrões de conformidade, como ISO 27001 e PCI DSS, e realizam auditorias regulares para garantir a adequação às melhores práticas de cibersegurança.
Ou seja, mais do que detectar divergências nos padrões esperados e permitir ações preventivas (como o bloqueio temporário de uma transação ou a solicitação de confirmação adicional do cliente), o e-FX é um facilitador da governança corporativa.
Educação contínua
É possível perceber a partir dessas características o quanto as plataformas de e-FX são totalmente assertivas por si só em suprir as maiores demandas do mercado cambial. Porém, de nada adianta incorporar uma ferramenta inovadora como essa aos processos corporativos sem uma educação digital contínua.
Capacitar os colaboradores para lidar com os desafios emergentes do setor não é mais opcional. Com as constantes mudanças no cenário regulatório e o surgimento de novas ameaças cibernéticas, é essencial que as equipes compreendam as vulnerabilidades dos sistemas, as melhores práticas de mitigação de riscos, a importância de um compliance sólido e, é claro, os benefícios colhidos pela eficiência operacional.
Inclusive, a educação digital é a porta de entrada para estabelecer protocolos de governança que asseguram a implementação eficaz de tecnologias inovadoras, a criação de políticas claras, auditorias frequentes e o uso de indicadores-chave de desempenho (KPIs) para medir a eficácia dos recursos incorporados. A partir de uma estrutura como essa, atualizar a cultura organizacional e acompanhar o mercado torna-se uma missão menos complicada.
Ser veloz é possível no setor cambial. E é uma possibilidade que não dispensa a segurança, então merece a atenção de qualquer um que esteja preocupado com uma boa gestão de risco.