A Klabin (KLBN11), maior produtora de papeis para embalagem e de embalagens de papelão do Brasil, encerrou 2024 com crescimento em seu lucro líquido de 47%. A receita para o período também marcou alta de 9% com vendas de kaftliner, papel cartão e embalagens.
No último trimestre de 2024, a empresa teve receita líquida de R$5,3 bilhões. Além do grande volume de vendas, outros fatores considerados foram o aumento do preço da celulose e a valorização do dólar frente ao real. No acumulado do ano, o lucro líquido ficou em R$2 bilhões, queda de 28%.
Como apurou o jornal Valor Econômico, o resultado antes do Ebitda avançou 8% na comparação com o mesmo período de 2023, com um saldo positivo de R$1,8 bilhão. O saldo anual com desconto do Ebitda alcançou 7,3 bilhões, 16% maior do que o do ano retrasado.
Produção e parada
O volume total produzido de celulose foi de 1.058 mil toneladas no período, um crescimento de 2% em relação com relação ao trimestre do ano anterior. A quantidade foi favorecida pela alavancagem das máquinas MP27 e MP28 e pelo aumento de produção nas plantas Kraftliner e reciclados.
Houve também a paralisação programada da fábrica localizada em Monte Alegre (PR), onde são produzidos kraftliner e papel-cartão. Segundo a empresa, a parada ocorreu conforme planejado.
A Klabin investiu R$ 3,3 bilhões nas suas operações de indústria e em processos de exploração florestal, ambos em expansão. A projeção anual veio abaixo no comparativo com 2023, contudo, o resultado já era esperado pelos analistas.
A receita líquida do último trimestre de 2024 contou com crescimento em todas as linhas de negócios. Desconsiderando a madeira, a empresa comercializou 1,016 mil toneladas no trimestre, alta de 6% na mesma base de comparação.
Klabin aprova novas metas de redução de emissões de gases
A Klabin (KLBN11) informou que obteve aprovação de suas novas metas de redução de emissões de GEE (gases do efeito estufa) pela SBTi (Science Based Targets Iniciative) em 3 de dezembro de 2024, segundo informações do “InfoMoney”.
A empresa almeja reduzir as emissões absolutas de GEE de escopo 1 e 2 em 42%, e mais 42% dos GEE de escopo 3, até 2030. O ano-base utilizado é 2022.
Outra meta aprovada é a de net-zero (descarbonização de longo prazo), elaborada com base nos critérios científicos da SBTi.