
O próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, declarou que a nação irá desbloquear centenas de bilhões de euros para investimento em defesa e infraestrutura. A preocupação está voltada para o cenário de abandono do suporte dos EUA para a Ucrânia frente às investidas da Rússia.
A medida é considerada uma mudança drástica em um país que possui controles rígidos sobre empréstimos governamentais. Na terça-feira (04) o dirigente explicou que irá alterar a constituição para isentar gastos de defesa e aumentar o limite dos gastos fiscais.
Merz reforça sua disposição a fazer ‘o que for preciso’ para defender o país. “A Europa precisa fortalecer a defesa”, reforçou segundo reportagem veiculada pela Bloomberg. O euro já ficou acima de US$1,06 desde seis de dezembro, quando foi feito o anúncio pelo mandatário alemão.
Desafio para o bloco
Investidores apostam que o gasto não ficará circundado a Alemanha e colocará os países da UE (União Europeia) em uma onda de medidas protetivas e gastos além do provisionado, aumentando o valor do euro.
Os futuros dos títulos alemães também já registraram queda, já que a expectativa é de uma emissão maior. Os países europeus precisam mobilizar trilhões de euros para responder a agressão russa com o abandono do apoio norte-americano.
Trump e Zelensky batem boca na Casa Branca
O clima entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não foi dos melhores antes de uma reunião que era crucial para o futuro da guerra com a Rússia. O norte-americano acusou o governo de Kiev de “jogar com a Terceira Guerra Mundial”, afirmando que ele deve “ser grato” pela ajuda dos EUA.
Após a alteração dos ânimos entre os líderes, o acordo sobre o acesso dos EUA aos recursos minerais ucranianos não foi assinado. Ao final, Zelensky foi praticamente expulso da Casa Branca e Trump disse que ele só poderá retornar ao local “quando estiver pronto para a paz”.