Dólar

Juros futuros deterioram com apoio do câmbio no exterior

A taxa do contrato de DI com vencimento em janeiro de 2026 tinha queda de 14,975%

Ibovespa
Foto: CanvoPro

Os juros futuros registraram queda forte no pregão desta quarta-feira (5), o primeiro após o feriado de Carnaval. A contração reflete o movimento das taxas dos Treasuries nos EUA em meio à sinalização de moderação na política tarifária norte-americana. A curva de juros no Brasil devolve boa parte do aumento do prêmio de risco do fim da semana passada, quando os agentes reagiram à indicação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais do governo.

Além do ambiente externo, a forte valorização do real em relação ao dólar neste começo de pregão apoia a queda das taxas. Na agenda atual, o mercado ficará atento à leitura mais recente do Boletim Focus, que foi publicada às 14h (horário de Brasília).

No início da tarde, por volta de 13h30 (horário de Brasília), a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2026 tinha queda de 14,975%, do ajuste anterior, para 14,855%; a do DI de janeiro de 2027 caía de 15,035% para 14,85%; a do DI de janeiro de 2029 recuava de 15,045% para 14,865%; e a do DI de janeiro de 2031 cedia de 15,155% para 15,00%.

Nos EUA, a taxa da T-note de dois anos tinha queda de 4,005% para 3,937%, ao passo que o título de dez anos passava de 4,248% para 4,230%. Além disso, segundo o Valor, a perspectiva de uma política tarifária menos agressiva dos EUA e dados econômicos mais fracos derrubam os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

MS: Ruído fiscal e alta de juros aguardam o Brasil em março

Em relatório a clientes disponibilizado nesta quarta-feira (05) o Morgan Stanley avaliou apostar na inclinação da taxa de juros e preocupações com ruído fiscal. As informações são do portal Investing.

O relatório assinado pela estrategista Ioana Zamfir, destacou que uma calmaria nas manchetes dos últimos dois meses e altas da bolsa brasileira traduziram uma expectativa de taxas mais baixas de juros e um real mais forte. 

Contudo, a especialista recorda que o ganho frente ao risco da inflação brasileira foi volátil ao longo de 2024. Conta ainda no documento, que o índice de preços dos principais serviços permanecem altos e o IPCA tem previsão de altas consecutivas segundo relatório Focus do BC (Banco Central).