Visão positiva

WEG (WEGE3): JPMorgan reitera compra e vê valorização de 40%

O destaque dos analistas é a capacidade da WEG de seguir entregando um forte crescimento da receita de 21% ao ano em 2025

Fonte:Reprodução/ Linkedin
Fonte:Reprodução/ Linkedin

Depois de reportar os resultados do quarto trimestre de 2024, as ações da WEG (WEGE3) sofreram forte queda na sessão posterior, chegando a uma perda de quase 10% este ano. Mesmo assim, o JPMorgan reiterou sua visão positiva para o papel, com recomendação de compra, mas rebaixou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 66, com um potencial de valorização de 40%. 

O destaque dos analistas é a capacidade da WEG de seguir entregando um forte crescimento da receita de 21% ao ano em 2025, além de manter sua margem Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação – acima de 22% nos próximos anos, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) do Ebitda de 19% entre 2024 e 2027.

O banco analisou que a WEG tem sido negociada a 18,5 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025, o que representa um desconto de 35% em relação à média dos últimos 5 anos e de cerca de 20% em relação à média dos últimos 10 anos.

Como riscos para o cenário da empresa, o JPMorgan destacou que pode haver uma contribuição menor do que a esperada da Regal para o crescimento da receita e a expansão do Ebitda nos próximos anos. 

Além disso, há chance de um ajuste mais rápido do que o esperado nas margens, bem como de uma desaceleração na economia dos EUA – mercado importante para a WEG, representando cerca de 25% de sua receita.

WEG (WEGE3) tem 2º maior volume negociado de ações na Bolsa após balanço

As ações da WEG (WEGE3) registraram o segundo maior volume financeiro negociado na sessão da tarde desta quarta-feira (26). O giro financeiro dos papéis atingiu R$ 1,0 bilhão, mais que o dobro do volume da sessão anterior, que foi de R$ 461,3 milhões. Já as ações da Vale (VALE3) movimentaram R$ 1,1 bilhão no mesmo período.

Por volta das 18h07 (horário de Brasília), os papéis da WEG (WEGE3) operavam em queda de 8,68%, cotados a R$ 47,85.

A fabricante catarinense de equipamentos elétricos divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2024 nesta quarta-feira. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 1,69 bilhão no período.

Em relatório recente, a XP destacou que os resultados da companhia foram mistos nos últimos três meses de 2024. Segundo a corretora, o lucro veio dentro das expectativas, mas o crescimento da receita foi acompanhado por uma contração na margem.

Os analistas da XP também apontaram que a rentabilidade caiu pelo segundo trimestre consecutivo, reflexo de um mix de produtos menos favorável, alta nos preços das matérias-primas e despesas ligadas à aquisição da Marathon — que, segundo a corretora, devem ser diluídas no curto prazo.

Já o Bradesco BB ressaltou que a receita de R$ 10,8 bilhões ficou 3% abaixo do esperado, enquanto o Ebitda ajustado de R$ 2,41 bilhões ficou 5% aquém das projeções, impactado pela integração da Marathon e por projetos de energia solar, conforme apontou o Valor.