A taxa média de inadimplência de recursos livres (que não considera operações com taxas reguladas, como as do BNDES) deve ficar em 5,22% em março de 2025, segundo dados do Ibevar – FIA Business School. Isto corresponde a uma queda de 0,07 ponto percentual em relação a dezembro, mês da última publicação do número pelo Ibevar.
A média estimada é resultado de um valor previsto entre 4,87% e 5,58%.
“Considerando-se a diminuição de atrasos (recursos livres) observada, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,22%) e o limite inferior (4,87%) do intervalo estimado, para o mês de março de 2025″, disse o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni, segundo informações do “InfoMoney”.
XP corta projeção de alta do dólar sobre o real
Em relatório recente sobre o cenário do câmbio, a XP Investimentos destacou que a depreciação do dólar em dezembro pode ter sido exagerada. No início deste ano, o real viveu uma recuperação parcial, o que fez os analistas mudarem sua projeção para a cotação da moeda estrangeira no final do período, saindo de R$ 6,20 para R$ 6,00.
Além disso, a casa também reduziu as estimativas para horizontes mais longos, cortando a previsão de um dólar a R$ 6,40 no fim de 2026 para R$ 6,20.
Paralelamente, a XP também observou, em um quadro ondo o dólar volte aos R$ 6,00, que o câmbio deve continuar em níveis depreciados e afirma que seu modelo base aponta para a moeda americana cotada a R$ 5,90.
Os riscos recentes e impactos sobre a direção do câmbio doméstico seriam a explicação para essa diferença de R$ 0,10. “Em nossa visão, o balanço de riscos em torno dessa projeção [de R$ 5,90] está inclinado para cima (ou seja, uma taxa de câmbio mais depreciada)”, disse a XP, segundo o “Valor”.
Para os economistas Rodolfo Margato, Luíza Pinese e os estrategistas Victor Scalet e André Buzzini, “os riscos de uma guerra comercial mais intensa e a adoção de medidas econômicas pouco ortodoxas no Brasil aumentaram nas últimas semanas”.
Além disso, os analistas da casa também afirmaram que o ciclo eleitoral do Brasil se aproxima, ao que se estima um aumento na volatilidade cambial. “Levando isso em consideração, projetamos R$ 6,20 por dólar no fim de 2026, em linha com o diferencial de inflação.”