O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,31% em fevereiro. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (12). Este é o maior avanço para o mês desde 2003 e veio levemente acima das expectativas dos analistas.
No acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA teve alta de 5,06%. O principal responsável pelo aumento foi o setor de energia elétrica residencial com crescimento de 16,8%. Em janeiro o índice havia desacelerado a 0,16%.
A inflação acumula alta de 1,47% ao ano e segue acima do teto da meta para 2025 perseguido pelo BC (Banco Central). “Essa alta se deu em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos em faturas no mês de janeiro. Com isso, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
A maior variação se deu na educação que teve alta de 4,70% e foi justificado pela sazonalidade do mês de fevereiro.
Golçalves explica que o crescimento nos preços do grupo é reerente ao reajuste da mensalidade das escolas recorrente em todo início do ano letivo. Ele destacou o ensino fudamental e médio como principais agentes dessa acomodação com 7,51% e 7,27% respectivamente.
Outros grupos
O setor de transportes resgistrou alta de 0,61%, uma desaceleração em comparação a janeiro (1,30%). A baixa é explicada pelo aumento nos combustiveis que subiram com o reajuste do ICMS em 2,89%.
Alimentação e bebidas tiveral valorização de 0,70%. Desvalorização em relação a 0,96% de janeiro. O preço dos ovos teve uma disparada de 15,39% após os EUA sofrerem uma crise interna de gripe aviária e aumentarem a exportação. O Café também teve seu preço acrescido em 10,77% descorrente de problemas da safra.
Segundo o economista do ASA, Leonardo Costa, o qualitativo foi pior que o esperado para o IPCA de fevereiro com resistência dos serviços ainda em patamar elevado.
Costa destaca que a média móvel do setor está rondando em 7,8% nos últimos três meses, incompatível com a meta de 3% proposta pelo BC (Banco Central). Ele também destaca que outros setores apresentaram desaceleração, evitando um cenário pior.
“Por outro lado, a inflação dos bens industrializados desacelerou nos últimos meses, muito pela volatilidade de cuidados pessoais – núcleo de bens que exclui esse grupo ficou estável.” complementou.