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Bitcoin entra em 'zona de resistência' com analistas incertos sobre tendência

Cripto está tentando confirmar um limite de queda após reagir com preço de US$77.780

Fonte: Freepik
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Com a queda sequencial do Bitcoin nas últimas semanas, a moeda alcança sua “zona de resistência”, momento que testa a fé dos investidores. As 13h (horário de Brasília), da última quarta-feira (12), a cotação era de US$81.774 na bolsa de Nova York. Analistas ouvidos pelo BP Money discutem até onde a baixa deve durar.

Segundo Rafael Bonventi, analista da Bitget, o bitcoin está tentando confirmar um limite de queda após reagir com preço de US$77.780. O mercado está no aguardo de novas tendências  e uma valorização indicaria um teor mais corretivo do que uma verdadeira alta.

“O preço recuperou terreno, mas para uma verdadeira reversão de tendência, precisamos ver um movimento impulsivo de cinco ondas acima dos principais níveis de resistência”, comentou.

No momento, o Bitcoin segue em zona cinza, com touros e ursos aguardando confirmação de uma tendência de uma correção mais acentuada ou uma nova sequência de baixas. Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos em bitcoin, previa que as baixas permaneceram até 2026, contudo, as taxações do presidente Trump parecem deixar incerteza no ambiente

Rafael Bonventi, analista da Bitget, reforça que o viés ainda é de baixa, com forte pressão de venda. Para ele, o nível crítico de suporte está na mínima de fevereiro U$78.200 e U$75.000 sendo um alvo chave devido à confluência de fatores técnicos.

“Até que o Bitcoin recupere resistências importantes, as vendas continuam sendo a melhor aposta, com o cenário permanecendo pessimista a menos que ocorra um rompimento convincente para cima”, reforça.

Posição consolidada

Apesar de recentes episódios de “rug pull”, termo usado para descrever fraudes em que os desenvolvedores de um projeto cripto abandonam-no repentinamente após atrair investimentos, o comportamento do Bitcoin  está mais relacionado a adoção institucional, regulamentações governamentais e desenvolvimentos tecnológicos, afirma Matheus Gutierrez, analista de criptomoedas da Levante Investimentos.

O CEO (presidente-executivo) da Boost Research, André Franco, converge que o bitcoin já tem posição consolidada, mas o mercado de criptomoedas sai perdendo. “Sobre a variedade, acho que tira um pouco da atenção dos outros ativos, o Bitcoin em si continua muito forte. O que tem acontecido são as altcoins que têm sofrido bastante por causa dessa quantidade de ativos que existem hoje no mercado.”

“A decisão do Trump e do Milei de criarem moedas fora do Bitcoin não o afeta, pois são teses completamente diferentes. Afetam a credibilidade das criptomoedas como um todo e a liquidez do Bitcoin, mas não de forma soberana no mercado.”, destaca Lage.