
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) registrou um prejuízo líquido de R$ 452 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 54,8% em relação à perda de R$ 1 bilhão observada no mesmo período de 2023, conforme as demonstrações financeiras enviadas à Comissão de CVM (Valores Mobiliários) na última quarta-feira (12).
Os números referem-se à parte atribuída aos sócios controladores. A receita líquida da companhia teve um crescimento de 7,6%, subindo de R$ 7,414 bilhões para R$ 7,981 bilhões entre os dois trimestres.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 640 milhões no último trimestre de 2024, um aumento significativo de 300% em comparação com o Ebitda ajustado de R$ 160 milhões no mesmo período do ano anterior.
No acumulado de 2024, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,045 bilhão, o que representa uma redução de 60,2% em relação à perda de R$ 2,625 bilhões registrada em 2023.
A receita alcançou R$ 27,206 bilhões, uma queda de 5,7% em comparação com o ano anterior, enquanto o Ebitda foi de R$ 1,970 bilhão, marcando um aumento de 59,3%.
Resultado reflete evolução operacional, diz CFO das Casas Bahia (BHIA3)
Segundo Elcio Ito, diretor financeiro (CFO) da empresa, a redução do prejuízo no balanço das Casas Bahia (BHIA3) é resultado de um avanço nas operações, com destaque para a melhoria da margem Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) e um processo contínuo de corte de despesas não recorrentes relacionadas à reestruturação, que teve início em 2023.
“Com os ajustes que fizemos em 2023, tivemos o impacto uma vez só e deixamos a companhia mais leve, ágil e eficiente daquele momento em diante”, disse, em entrevista ao Broadcast.
O CFO também destacou que, como parte do plano de transformação liderado pelo atual CEO, Renato Franklin, cerca de 10 mil postos de trabalho foram eliminados e aproximadamente 60 lojas foram fechadas.
“Em agosto de 2023, quando lançamos o plano de reestruturação, nós estávamos muito focados em rentabilidade e fluxo de caixa e, com isso, menos preocupados com o desempenho da receita. Agora, essa dinâmica está mudando”, afirmou Ito.