
Marco de industrialização do Brasil, a CSN(CSNA3) divulgou na noite desta quarta-feira (13) um prejuízo líquido de R$85 milhões no quarto trimestre de 2024. O valor representa uma queda de 110% em comparação ao rombo registrado no mesmo período de 2023.
A empresa acumula prejuízo líquido de R $1,538 bilhões, revertendo lucro de R$403 milhões de 2023. A receita líquida também registrou queda anual de 3,9% , com R$43,688 bilhões no ano. Resultado abaixo do obtido em 2023.
No balanço, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$3,335 bilhões, queda de 8% em relação ao visto um ano antes.
A companhia justifica seus resultados na queda dos preços do minério de ferro e aço, além de importações de siderúrgicas. O nível de endividamento da empresa também avançou. Haviam promessas da CSN comprar sua rival Intercement, o movimento foi fundamentado com venda de 26% de participação na mineradora japonesa Itochu.
Crescimento em exportações e vendas de aço
As vendas de aços da CSN somaram 4,551 milhões de toneladas, 9,3% superiores a 2023. Para os mercados externos, despachou 1,278 milhão t, 0,3% a mais.
No segmento de minério de ferro, os negócios contabilizaram 42,552 milhões de toneladas, retração residual de 0,3%. Nas exportações, porém, houve crescimento de 2,2%, para 38,512 milhões de toneladas.
O Ebitda ajustado da companhia também amargou queda de 14,1% na comparação anual, fechando em 2024 com R$10,230 bilhões. O desempenho financeiro da CSN foi negativo em 40,1% em relação a 2023, com um prejuízo de R$5,813 bilhões.
As ações da empresa na B3 também registraram baixas ao longo do ano, o que a CSN atribui ao impacto da alta dos juros nas despesas financeiras e a desvalorização das ações da Usiminas.
A dívida líquida consolidada da empresa atingiu R$35,704 bilhões no trimestre, com alta de 16,4% sobre o mesmo período de 2023.