O Andbank está incorporando a gestora carioca Kymas, que tem aproximadamente R$ 1 bilhão em ativos sob gestão e seis fundos com estratégias diferenciadas. O objetivo da operação é investir em gestoras com fundos menores, mas geridos de uma forma inovadora. As informações são do “Valor”.
“Estamos montando um pilar de incubadora de gestoras. Diferentemente de outros bancos maiores que fazem essa incubação, procurando o próximo gestor famoso, que vai ter um fundo de vários bilhões, nosso propósito é o contrário”, destacou, em coletiva, Rodolfo Pousa, CEO do Andbank.
De acordo com Pousa, tratam-se de gestoras butique, com estratégias diferentes e nem sempre escaláveis.
“Queremos gestores com ‘skin in the game’, que têm grande parte do seu patrimônio naquele fundo, que estariam muito felizes com um fundo de R$ 250 milhões, R$ 500 milhões, no máximo R$ 1 bilhão. Até porque, mais que isso, vira um Titanic e acaba resvalando em um iceberg”, disse o CEO.
Andbank bateu meta de captação em 2024 e começou o ano forte, diz CEO
Segundo Pousa, não há uma meta de número de fundos que a Andbank vai ter nessa incubadora. Na verdade, o banco está atento a oportunidades que possam surgir.
“Não tem um número mágico, mas toda vez que surgirem oportunidades, vamos estar abertos. Se em vez de seis vão ser dez fundos, não sei dizer, o que a gente busca é o diferencial”, enfatizou.
Em 2024, o Andbank incorporou a butique de mercado de capitais Capita Partners, de Rodolfo Tavares Filho e Leonardo Molina Contrucci. Agora, o banco vai trabalhar com uma terceira executiva sênior, que já passou por BV, XP e um grande escritório ligado ao BTG. O nome dela ainda não foi divulgado.
De acordo com Pousa, em 2024 o banco atingiu a meta de captar R$ 5 bilhões e começou forte neste ano, com uma entrada líquida de R$ 3,9 bilhões, impulsionada pelos benefícios do multi family office do banco com alguns movimentos do mercado, como mudanças em outros players globais.