Primeiro déficit desde 2021

BB: Fundo de pensões fecha 2024 com déficit de R$ 3,16 bi

No ano anterior, o fundo de prensões de funcionários do BB tinha obtido superávit de R$ 14,5 bilhões

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Banco do Brasil/Foto: divulgação

O fundo de pensão de funcionários do BB (BBAS3) fechou o ano passado com um déficit de R$ 3,16 bilhões. Este foi o maior retorno negativo da carteira desde 2017 e o primeiro déficit desde 2021. 

No ano anterior, o fundo do BB tinha obtido superávit de R$ 14,5 bilhões. “A oscilação de mercado e o consequente impacto nos investimentos fizeram com que a Previ consumisse o superávit de 2023”, disse a empresa em comunicado.

“Mas o Plano 1 segue sólido e cumprindo sua principal missão: garantir o pagamento de benefícios aos seus mais de R$ 106 mil associados, dos quais 97% são aposentados ou pensionistas”, continua o texto.

O Plano 1 – como se chama o fundo de pensões do BB – é o maior fundo administrado pela Previ, com um patrimônio de R$ 240 bilhões. Em janeiro deste ano, a carteira obteve um novo superávit de R$ 1,3 bilhão.

O segmento de renda variável foi a principal causa para o baixo desempenho do fundo do BB, segundo a Previ. A carteira teve uma rentabilidade negativa de 12% em 2024. Em termos comparativos, os investimentos no exterior, que tiveram o melhor retorno dentro do Plano 1 no ano passado, renderam 40,4%.

“Esse tipo de oscilação é comum e conjuntural no mercado financeiro brasileiro, mas a estratégia da Previ foca no longo prazo”, disse o comunicado.

BB (BBAS3) espera lucrar até R$ 41 bilhões em 2025

O Banco do Brasil (BBAS3) projeta um lucro líquido ajustado de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões em 2025, como divulgou a instituição nesta quarta-feira (19). Dessa forma, é possível que o resultado tenha uma queda de até 2,4% em relação a 2024, com R$ 37,9 bilhões, ou uma alta de até 8,2%.

As expectativas para este ano são de uma margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões (altas de 6,8% e 10,7%, respectivamente). Já em relação à receita com prestação de serviços, o banco prevê de R$ 34,5 bilhões a R$ 36,5 bilhões (entre queda de 2,8% e alta de 2,8%).

Enquanto isso, a previsão para as despesas com provisões contra a inadimplência vai de R$ 38 bilhões e R$ 42 bilhões, o que representa alta em relação ao ano passado, com R$ 35,7 bilhões. Por suas vez, as despesas administrativas têm projeções entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões (alta de 4,1% a 8,1%).

Em 2024, o banco teve um crescimento em sua carteira de crédito de 15,3%. Em 2025, o Banco do Brasil espera uma alta de 5,5% a 9,5%, impulsionada pelo setor de pessoas físicas, que deve ter alta de 7% e 11%. Enquanto isso, a carteira de empresas deve subir entre 4% a 8%. Já para o agronegócio, a expectativa é de uma alta de 5% a 9%.