
Os mercados emergentes tiveram um investimento de quase U$ 16 bilhões por parte dos investidores estrangeiros em fevereiro, com aportes em ações de companhias chinesas e em dívidas de economias em desenvolvimento, segundo relatório do IIF (Instituto de Finanças Internacionais) divulgado nesta quinta-feira (13).
Apesar das ações chinesas terem atraído aportes de US$ 11,2 bilhões dos investidores estrangeiros, as vendas de papéis em outros países resultaram em uma saída líquida de US$ 2,1 bilhões dos portfólios de ações de mercados emergentes no mês passado.
Na linha da renda fixa, o movimento foi diverso, com os títulos chineses tendo uma saída de US$ 15,1 bilhões, embora a dívida de outros mercados emergentes tenha atraído US$ 33,2 bilhões.
Enquanto isso, os mercados emergentes registraram a entrada líquida total de US$ 15,9 bilhões no mês passado, quando comparado aos US$ 21,2 bilhões em janeiro e US$ 27,8 bilhões em fevereiro de 2024, de acordo com o IIF.
As ações chinesas tiveram o maior fluxo em fevereiro para qualquer mês em fevereiro desde setembro. Sendo o maior resultado em mais de dois anos.
“Os ‘animal spirits’ (espíritos animais) estão sendo despertados com o reconhecimento dos avanços que as empresas chinesas fizeram em diversas áreas, como IA e veículos elétricos”, disse Guilherme Valle, sócio fundador e gerente de portfólio da ABS Global Investments, em uma troca de e-mails, segundo a “CNN Brasil”.
“A combinação de modelos de negócios inovadores e baixos valuations continuará fornecendo um cenário favorável para as ações chinesas”, acrescentou.
Bolsa brasileira alcança 5,3 milhões de investidores em renda variável
A renda variável no Brasil alcançou o número de 5,3 milhões de investidores ao final de 2024, o que representa um avanço de 6% em relação a um ano antes, informou a B3. A Bolsa brasileira divulgou levantamento da evolução dos investidores nesta quinta-feira (20).
Desse total, cerca de 74% são homens, enquanto as mulheres que investem na Bolsa brasileira agora representam o percentual de 26%, um aumento de 2 pontos percentuais.
Na divisão regional, o Sudeste segue na liderança da quantidade de investidores da Bolsa, com 3,028 milhões no total. Em seguida vem as regiões Sul (887 mil), Nordeste (716 mil), Centro-Oeste (418 mil) e Norte (209 mil).
No entanto, na comparação anual, a região Norte foi a que demonstrou o maior crescimento total da base de investidores na Bolsa, com uma alta de 9,6%.
Já na renda fixa, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) foram o destaque, registrando um crescimento anual de 31% na base de investidores e chegando à marca de 400 mil pessoas físicas.
Enquanto isso, o saldo mediano por pessoa se manteve estável em R$ 40 mil, com o saldo total registrando alta de 34%, atingindo R$ 92 bilhões.
Já o crescimento do saldo em custódia em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) foi de 23%.
A operadora da Bolsa brasileira também informou que a quantidade de contas poupança teve alta anual de 11%, chegando a 649,3 milhões, ao passo que os depósitos cresceram 12%, de R$ 4,509 trilhões para R$ 5,042 trilhões. A maioria das contas (538 milhões), possui valores até R$ 1 mil.