
A Natura (NTCO3) reportou um prejuízo líquido de R$ 439 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), representando uma queda de 83,5% em comparação ao prejuízo de R$ 2,7 bilhões registrado no mesmo período de 2023.
De acordo com a Natura, esse desempenho foi impulsionado por um crescimento de 21,1% das vendas da Natura no Brasil, pelo crescimento de dois dígitos nos mercados hispânicos (excluindo a Argentina), pela estabilidade do desempenho da Avon CFT no Brasil e pela redução nas vendas da Avon nos mercados hispânicos (fora da Argentina) e na categoria Casa & Estilo.
Ebitda da Natura (NTCO3) vai a R$ 703 mi
O Ebitda recorrente da Natura (NTCO3) de R$ 703 milhões foi impactado negativamente por ajustes não operacionais de R$ 843 milhões, principalmente devido ao apoio da Natura &Co à Avon Products Inc. (API) durante a reestruturação voluntária (Chapter 11) nos EUA, além de investimentos na integração da Onda 2 e perdas de R$ 114 milhões com operações descontinuadas.
A receita líquida da companhia somou R$ 7,7 bilhões, um aumento de 16,1% em relação ao ano anterior, sendo 11,4% de crescimento excluindo a Argentina e 63,1% em termos nominais.
Natura (NTCO3): suporte à reestruturação da Avon
A Dívida Líquida no 4T24 (sem considerar leasing) da Natura alcançou R$ 2,4 bilhões, representando uma diminuição em relação aos R$ 3,7 bilhões registrados no 3T24. Esse declínio foi impulsionado pelas operações intercompany e pelo fluxo de caixa da Avon, após a reconsolidação da marca.
Embora o fluxo de caixa livre subjacente tenha sido positivo no período, ele foi parcialmente impactado por um apoio de aproximadamente R$ 450 milhões da Natura &Co ao processo de reestruturação Chapter 11 da API, além dos investimentos em Onda 2 e em sistemas na América Latina.
A campanhia está avaliando a venda das operações da Avon fora da América Latina e iniciou negociações com a gestora IG4, que manifestou interesse na compra da marca, conforme comunicado divulgado pela companhia nesta quinta-feira (20).
Em 4 de dezembro de 2024, a empresa brasileira de cosméticos já havia anunciado que estava revisitando opções estratégicas para a Avon fora da região latino-americana, o que poderia resultar em uma venda integral da operação ou em outros tipos de parcerias comerciais.