2,2% acima

Magazine Luiza (MGLU3) tem baixa nas operações do 4º tri; analistas destacam rentabilidade

O resultado se deu pela melhoria na estrutura de custos e contribuição da LuizaCred

Fonte: Divulgação
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Analistas de mercado se decepcionaram com o desemprenho operacional da Magazine Luiza (MGLU3) no 4T24. Apesar da baixa, os analistas Pedro Pinto e Lorenzo Marques do Bradesco BBI destacaram o bom desempenho da companhia em rentabilidade.

Os especialistas perceberam que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização(Ebitda) ajustado de R$ 846 milhões foi 2,2% acima do esperado. O resultado se deu pela melhoria na estrutura de custos e contribuição da LuizaCred. O banco lembrou que investidores devem estar atento a comentários da empresa sobre tendências de consumo.

A geração de caixa incerto em meio ao cenário macroeconômico também foi salientado como influente. A avaliação foi de que as receitas cresceram menos do que o esperado, enquanto a margem bruta foi parcialmente pressionada pela menor participação da receita de serviços no “mix” de vendas.

O J.P. Morgan destaca que a companhia ainda não voltou a fazer caixa de forma consistente, mesmo com os esforços para melhorar rentabilidade, tendo gerado apenas R$ 20 milhões no ano passado e R$ 60 milhões em 2023.

Ainda sobre a LuizaCred, o BB Investimentos ressalta a queda da inadimplência e o aumento da rentabilidade, “evidenciando uma política de crédito acertada em um cenário macroeconômico desafiador”.

Magazine Luiza: objetivo a partir de 2025 é crescer em vendas

O foco da Magazine Luiza (MGLU3) a partir de 2025 é aumentar vendas por meio de maior conversão nos canais, mas sem abrir mão da rentabilidade, disse o presidente da companhia, Frederico Trajano, em teleconferência de resultados da companhia. O encontro ocorreu nesta sexta-feira (14).

Isto significa uma mudança de foco, já que entre 2021 e 2024 o posicionamento da empresa estava mais voltado ao ganho de rentabilidade.

“Vamos continuar buscando aumento de rentabilidade, ainda não chegamos no teto de margens, mas começamos a olhar mais para a venda”, afirmou Trajano. De acordo com o presidente, um dos maiores desafios para o cumprimento desse objetivo é a alta dos juros. Atualmente, a taxa básica do país está em 13,25%.