Abertura da Bolsa

Ibovespa abre em alta com decisões de juros no radar; dólar recua

A agenda promete ser agitado, com reuniões de política monetária previstas no Brasil, nos EUA, no Reino Unido, na China e no Japão

Ibovespa abre em alta com decisões de juros no radar; dólar recua

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, começa o primeiro dia de negociação da semana em alta. A agenda promete ser agitado, com reuniões de política monetária previstas no Brasil, nos EUA, no Reino Unido, na China e no Japão.

Alem disso, os investidores assimilam a prévia do PIB, calculada pelo IBC-Br, divulgado antes da abertura, que apresentou dados acima das expectativas do mercado.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma leve alta de 0,08%, aos 129.058 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que recuava -0,42%, cotado a R$ 5,71

Ibovespa no azul em meio a espera do Fed e Copom

O Ibovespa tem experimentado uma forte recuperação, voltando aos 129 mil pontos, com destaque para as principais blue chips, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que registraram alta superior a 3%.

De acordo com Alison Correia, a movimentação de alta no Brasil reflete um “fluxo extremamente importante”, com o real se destacando como a moeda que mais se valorizou no mundo.

Além disso, os investidores estão bastante otimistas, com a recente queda do dólar abaixo dos R$ 5,75, o que também favoreceu o índice.

O cenário global também contribui para esse otimismo, com os Estados Unidos registrando um apetite elevado por risco e um aumento significativo nos principais índices.

“Na média, 2,5% de alta para cada índice importante em um cenário de forte apetite a risco”, destacou o analista. No entanto, apesar da recuperação, tanto Alison quanto Paulo Gala concordam que a volatilidade será uma constante nas próximas semanas.

Paulo Gala, economista chefe do Banco Master, apontou que a agenda da semana será crucial, especialmente com as decisões de política monetária dos principais bancos centrais, com o Brasil sendo o único país a esperar uma mudança significativa na taxa de juros.

O mercado projeta uma alta de 1% na Selic, de 13,25% para 14,25%, enquanto outros países devem manter suas taxas. A expectativa em relação ao impacto dessa decisão é que, apesar de a inflação ter mostrado sinais de alívio, o cenário ainda demanda cautela.

Além disso, Alison mencionou que a recuperação do mercado é em grande parte impulsionada pelos estímulos econômicos da China.

“O movimento de estímulos de China, com minério de ferro se recuperando, petróleo, Petrobras, toda a parte de commodities da Bolsa veio muito bem”, explicou.

Essa recuperação das commodities também tem ajudado o Brasil, com o real se valorizando e a economia mostrando sinais de que, apesar das incertezas, o crescimento continua mais forte do que o esperado.

Ambos os analistas destacam que a volatilidade deve se intensificar à medida que novas decisões de juros e indicadores econômicos são divulgados.

A semana promete ser decisiva para o futuro do mercado, com a expectativa de que o Brasil, diante do cenário global, se mantenha no centro das atenções.

Os índices futuros dos EUA operam em queda nesta segunda-feira (17), com investidores aguardando a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) nesta semana. 

A pressão sobre o mercado também vem dos comentários feitos pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no domingo, alertando que não há “nenhuma garantia” de que a maior economia do mundo conseguirá evitar a recessão, apenas uma semana após o presidente Donald Trump ter se negado a descartar tal possibilidade.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,60%

S&P 500 Futuro: -0,59%

Nasdaq Futuro: -0,61%

Bolsas asiáticas

Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram o pregão em alta, após o anúncio da China, no domingo, de que tomará medidas para estimular o consumo e aumentar a renda da população.

As ações incluem a estabilização dos mercados financeiros e imobiliários, além de incentivos para elevar a taxa de natalidade.

Shanghai SE (China), +0,19%

Nikkei (Japão): +0,93%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,77%

Kospi (Coreia do Sul): +1,73%

ASX 200 (Austrália): +0,84%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em alta, impulsionados pela expectativa positiva em torno do plano da Alemanha de aumentar significativamente seu endividamento público para fortalecer a defesa e estimular o crescimento econômico.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%

DAX (Alemanha): -0,11%

CAC 40 (França): -0,04%

FTSE MIB (Itália): +0,09%

STOXX 600: +0,11%