R$ 5,75

Itaú (ITUB4) reduz projeções para o dólar, Selic e inflação

A expectativa do banco para o IPCA ao final de 2025 foi de 5,8% para 5,7% e, para a taxa básica de juros ao fim do ciclo de alta, de 5,75% para 15,25%

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O Itaú Unibanco (ITUB4) reduziu suas expectativas para o dólar e para a taxa Selic em revisão de cenário publicada nesta segunda-feira (17). Os analistas do banco preveem a cotação do dólar em R$ 5,75 ao fim deste ano, contra a projeção anterior de R$ 5,90.

Enquanto isso, a expectativa do banco para o IPCA ao final de 2025 foi de 5,8% para 5,7% e, para a taxa básica de juros ao fim do ciclo de alta, de 5,75% para 15,25%.

A queda na projeção para o dólar é motivada por um cenário internacional de desvalorização da moeda norte-americana desde o início de 2025, junto a uma perspectiva de aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, o que deve gerar uma valorização do real em relação ao dólar.

“Por um lado, o aumento do diferencial de juros e a expectativa de um dólar mais fraco contribuem para uma taxa de câmbio mais apreciada. Por outro, essa apreciação tende a ser limitada pelo prêmio de risco brasileiro elevado diante das incertezas fiscais e pela deterioração recente observada nas contas externas”, destacam os economistas.

Ajustes nos preços da alimentação motivaram expectativas mais otimistas do Itaú para a inflação

Já as projeções para a inflação foram revisadas em razão de ajustes na dinâmica de preços da alimentação no domicílio, principalmente em relação às proteínas, além das previsões de um câmbio mais favorável. “Importante destacar que não incorporamos o repasse completo do câmbio mais apreciado”, afirmou a equipe.

“Em um contexto de hiato aberto e expectativas desancoradas, o repasse integral da depreciação de 2024 seria esperado, mas ainda não se concretizou”, acrescentou.

Pela primeira vez desde setembro de 2024, a equipe do banco não avalia que há mais riscos de alta que de baixa para a inflação. “Ao contrário, os riscos de baixa – em função do efeito do câmbio mais apreciado potencialmente impactando preços de industriais, alimentos e gasolina – superam os riscos de alta”, comentou.