
Uma análise dos indicadores sobre a vantagem competitiva das ações da América Latina foi realizada pelo Itaú BBA. O banco estudou a capacidade dos ativos geraram um ROIC (retorno sobre capital investido), e ROE (retorno sobre patrimônio líquido) superiores ao custo de capital próprio ao longo de um ciclo e a estabilidade da participação de mercado.
O resultado é que as ações que passaram pelo filtro do Itaú BBA apresentam um múltiplo de Preço/Lucro futuro médio de 11,8 vezes. Isso equivale a um prêmio em relação ao MSCI América Latina de 8,4 vezes.
Porém, os ativos ainda são negociados com um desconto próximo a dois dígitos em relação à sua média histórica, segundo o “InfoMoney”.
Segundo o relatório do Itaú BBA, as métricas de retorno oferecidas por essas empresas são superiores e tem uma avaliação ajustada ao crescimento atrativo de PEG (P/L ajustado ao crescimento dos lucros da empresa) médio de 1 vez.
Nesse contexto, o banco destacou entre as cinco ações brasileiras: o Banco do Brasil (BBAS3), a WEG (WEGE3), o BTG Pactual (BPAC11), a Equatorial (EQTL3) e a Cury (CURY3).
Já no caso dos ativos estrangeiros, os destaques foram Coca-Cola Femsa, Banco de Chile, Credicorp, OMA e Mercado Livre (MELI34).
WEG (WEGE3) é um hedge natural de dólar, indica Itaú BBA
O Itaú BBA revisou suas projeções para a WEG (WEGE3), mantendo a recomendação Outperform (equivalente a compra). O relatório, elaborado por Daniel Gasparete, destaca a ação como uma opção defensiva em períodos adversos do mercado financeiro brasileiro.
Cerca de 55% da receita da WEG provém de vendas internacionais, com aproximadamente um quarto dessas exportações saindo do Brasil.
Nesse contexto, o BBA explica que a empresa funciona como uma proteção natural contra a desvalorização do real, resultando em receitas robustas, margens mais amplas e um retorno sobre o capital investido (ROIC) mais elevado.
Os papéis podem subir 15% neste ano, com base no preço-alvo de R$ 52,00. Nesta segunda-feira (15), as ações subiam 0,87%, a R$ 46,28, por volta de 10:29 (horário de Brasília).
O banco expressa um otimismo em relação à empresa, fundamentado em três aspectos principais: uma melhoria nas perspectivas de crescimento, lucratividade e custo de capital próprio.
Para o segundo trimestre de 2024 (2T24), o BBA antecipa um aumento na receita, impulsionado pela flutuação do dólar e pelos volumes da empresa. Além disso, prevê também uma melhora na lucratividade.
A margem Ebtida (lucro operacional) está projetada para permanecer constante em 22%, excluindo Regal, segundo a análise da casa. Os resultados do trimestre devem conduzir a revisões positivas nas projeções de lucro da empresa.