Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com fiscal no radar; dólar sobe

Em um dia com poucos indicadores econômicos, o mercado se concentra nos pormenores da isenção do IR

Ibovespa abre em alta com fiscal no radar; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, a B3, iniciou a sessão desta terça-feira (18) em ritmo de alta, em meio a um clima no mercado de cautela, em função das tensões fiscais.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um avanço de 0,12%, aos 130.947 pontos.

O dólar comercial iniciava o pregão no mesmo desempenho positivo do índice, com uma leve valorização de 0,01%, cotado a R$ 5,68

Em um dia com poucos indicadores econômicos, o mercado se concentra nos pormenores do projeto que isenta do imposto de renda aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais. A principal dúvida entre os investidores é como o governo irá compensar a perda de arrecadação gerada por essa medida.

O Orçamento sofreu um atraso. A reunião prevista para esta terça-feira (18) na CMO foi cancelada e, agora, o relator, senador Angelo Coronel, só apresentará o texto final na Comissão na quinta-feira, dia 20, quando também serão discutidos os destaques. A votação está agendada para sexta-feira, dia 21.

Além disso, o governo federal solicitou, em cima da hora, uma nova reconfiguração no Orçamento, pedindo que R$ 15 bilhões do Fundo Social sejam realocados para financiar operações na faixa 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Internacionalmente, serão divulgados dados sobre a produção industrial dos EUA, mas o foco do mercado está mesmo na negociação entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para encerrar o conflito na Ucrânia.

Ibovespa avança em meio a temporada de balanços 

O Ibovespa apresentava leve alta nos primeiros momentos do pregão desta terça-feira (18). Além do fiscal, na véspera da “Super Quarta” os balanços corporativos também tomam a atenção dos investidores.

A Itaúsa (ITSA4), holding controladora do Itaú Unibanco, CCR, Dexco e Alpargatas, registrou um lucro líquido de R$ 3,72 bilhões no quarto trimestre, o que representa um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.

A companhia atribui o aumento no lucro, principalmente, ao desempenho positivo do Itaú Unibanco, que gerou um impacto favorável de R$ 725 milhões, além do controle mais eficiente das despesas administrativas, embora os resultados do setor não financeiro tenham parcialmente compensado esse crescimento.

Além disso, a Yduqs (YDUQ3), holding do setor educacional proprietária da Estácio e Ibmec, registrou um lucro de R$ 13,8 milhões no quarto trimestre de 2024, superando o prejuízo de R$ 120,3 milhões registrado no mesmo período de 2023.

A empresa também alcançou uma receita líquida de R$ 1,26 bilhão no trimestre, o que representa um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

EUA

Nos EUA, os índices futuros operam em baixa nesta terça-feira (18), com o mercado atento à conversa entre Trump e Putin.

O governo dos EUA pressiona por um cessar-fogo e por um acordo de paz na Ucrânia, em um momento em que a agenda inclui reuniões de bancos centrais ao redor do mundo.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,09%

S&P 500 Futuro: -0,06%

Nasdaq Futuro: -0,11%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam em alta, impulsionados por um novo otimismo em relação à China, que tem sido uma beneficiária inesperada das tensões entre Trump e os EUA, além de esperar um crescimento maior.

Shanghai SE (China), +0,11%

Nikkei (Japão): +1,22%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,46%

Kospi (Coreia do Sul): +0,06%

ASX 200 (Austrália): +0,08%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em alta, acompanhando o movimento das bolsas asiáticas e refletindo um fluxo crescente de investimentos para ativos fora dos EUA, em meio à incerteza gerada pelas políticas de Trump.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,36%

DAX (Alemanha): +0,98%

CAC 40 (França): +0,56%

FTSE MIB (Itália): +0,84%

STOXX 600: +0,50%