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Ovos: pressão por descontos aumenta e cotações recuam

Alguns agentes afirmam que os estoques nas granjas estão equilibrados, sem necessidade de reduções intensas nos valores

ovos
Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Arquivo CNA

As cotações dos ovos recuaram nos últimos dias nas praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Segundo o centro, a pressão pela concessão de descontos nos negócios aumentou, devido à típica queda da demanda neste período do mês. 

Por outro lado, alguns agentes afirmam que os estoques nas granjas estão equilibrados, sem necessidade de reduções intensas nos valores. Como resultado, a intensidade das baixas variou conforme as regiões pesquisadas pelo Cepea. 

Quanto à produção nacional de ovos para consumo, números consolidados do IBGE revelam que, em 2024, o volume atingiu 3,83 bilhões de dúzias, avanço de 11,5% em relação ao ano anterior e um novo recorde na série histórica do Instituto, iniciada em 2012.

Boi: preços oscilam no mesmo intervalo de mínimas e máximas

Os preços da arroba, da reposição e da carne vêm oscilando basicamente no mesmo intervalo de mínimas e máximas, conforme apontam levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. 

De acordo com o centro, isso evidencia que o volume ofertado não é expressivo, mas tem sido suficiente para atender à demanda nos diferentes segmentos do mercado. No atacado da grande São Paulo, desde o dia 24 de fevereiro, os cortes com osso acumulam queda inferior a 1%.

O mesmo é visto para o Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ. Os preços do bezerro, por sua vez, acompanharam o ajuste forte do boi no final do ano passado e, desde novembro, se mantêm estáveis.

Comércio exterior brasileiro no agronegócio cresce e supera EUA

O Brasil consolidou sua posição como maior exportador mundial de commodities do agronegócio, ultrapassando os Estados Unidos e alcançando US$ 137,7 bilhões em exportações no ano passado.

O crescimento foi impulsionado pelo aumento da produtividade, por safras recordes e pelo cenário global favorável, segundo estudo da Insper Agro Global.

O especialista em comércio exterior e diretor da Tek Trade, Sandro Marin, destaca que a disputa comercial entre Estados Unidos e China tem sido um fator determinante para a expansião do agro brasileiro.

“O Brasil se tornou o principal fornecedor de produtos agropecuários para a China, que busca alternativas diante das tarifas impostas aos produtos americanos”.